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– 16-05-2002 |
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Ind�stria da madeira quer duplicar produtividade do pinhal bravo em 20 anosPorto, 15 Mai Designado Pinus 2002 e recentemente apresentado ao ministério da Economia, o projecto prev� um investimento de 3,6 milhões de euros (722 mil contos) que permitirá "garantir o fornecimento sustentado de matéria-prima lenhosa e suportar a sua competitividade internacional", anunciaram hoje os promotores em comunicado. Resulta da iniciativa do Centro Pinus – Associa��o para a Valoriza��o da Floresta de Pinho, constitu�do em 1998 pelos maiores consumidores de pinho (Sonae Ind�stria, Portucel Viana e Portucel Tejo) e pela Associa��o das Ind�strias da Fileira da Madeira (AIMMP). Em declarações � Agência Lusa, o coordenador geral do Pinus 2002, Miguel Pinto, explicou que Portugal, apesar de dispor de "excelentes condi��es" para o pinheiro bravo, tem "praticamente metade da produtividade" de países como a Fran�a e Espanha. "Em Portugal, a produtividade média anual da floresta de pinheiro bravo � de 5,3 metros c�bicos por hectare, enquanto na Galiza chega quase a nove metros c�bicos e em Fran�a atinge os dez", frisou. Uma situa��o que resulta, segundo referiu, de uma "m� gestáo" por parte dos silvicultores, que sistematicamente recolhem as sementes – para posterior plantio – das piores �rvores, motivando uma perda progressiva da qualidade da floresta. Assim, e embora a floresta portuguesa venha desde h� muito a ser considerada o +ouro verde+ do Pa�s e apresenta um saldo comercial que contrabalan�a o d�fice da agricultura, o facto � que, "pelo menos no que respeita ao pinho, j� não � assim". Em 2000, e sobretudo gra�as � corti�a, a cobertura das importa��es pelas exporta��es da fileira florestal portuguesa manteve-se positivo nos 164,1 por cento, mas o da fileira de pinho, negativo desde 1997, ficou-se pelos 74,5 por cento. De acordo com Miguel Pinto, o projecto Pinus 2002 desenvolver-se-� quer ao nível. da forma��o dos silvicultores, incluindo ac��es de demonstra��o com propriet�rios e t�cnicos, quer de investiga��o em laboratério, com criação em viveiros de sementes melhoradas a disponibilizar posteriormente no mercado. Tendo por base o "melhoramento gen�tico da esp�cie para aumentar a sua produtividade", o Pinus 2002 intervirá quer na floresta existente, quer através da introdu��o de plantas melhoradas. "A ind�stria tem um problema, que � a falta de madeira, e como não � propriet�ria da floresta, tem que promover mudan�as entre os propriet�rios", afirmou. Sentida desde finais dos anos 70, a diminui��o da área de pinheiro bravo e consequente insufici�ncia de matéria-prima lenhosa constitui, segundo o t�cnico, "a principal amea�a ao sector". através do aumento quantitativo e qualitativo da oferta desta matéria-prima, o projecto Pinus 2002 permitirá incrementar a produtividade e competitividade de todas ind�strias da fileira do pinho, desde a serra��o, aos pain�is derivados de madeira, mobili�rio e papel. Este mesmo objectivo havia j� motivado o desenvolvimento do projecto Pinus 1998, que criou equipas especializadas e lanãou os alicerces da investiga��o, dando um primeiro contributo para inverter a tend�ncia de redu��o das áreas de pinheiro bravo. J� apresentado ao ministério da Economia, ao abrigo da plano operacional da economia (POE), o Pinus 2002 passou j� a primeira fase de avalia��o e a sua aprova��o depende agora, segundo Miguel Pinto, "de uma decisão não t�cnica, mas pol�tica". Conforme explicou, o cronograma elaborado pelos promotores com base nos ciclos biol�gicos da floresta prev� o arranque do projecto a 01 de Julho, pelo que, se não receber luz verde até ent�o, terá que ser adiado para o próximo ano.
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