A secretária de Estado da Proteção Civil frisou, em entrevista à RTP, que “estamos num ano muito atípico”, propício aos incêndios, acrescentando que o país tinha “condições para a área ardida ser ainda pior”. Patrícia Gaspar rejeita que haja falhas no combate aos fogos.
“Obviamente que 93 mil hectares não deixa ninguém satisfeito”, mas “não podemos deixar de valorizar o trabalho enorme que tem sido feito por estes 13 mil operacionais que integram o dispositivo especial de combate a incêndios”, declarou a responsável, acrescentando que é “o mais robustecido dos últimos anos”.
Questionada sobre se há algo a falhar no combate aos incêndios, a secretária de Estado respondeu que existem condições graves, muito severas no terreno e que isso dificulta o trabalho dos operacionais.
“Eu não diria que há aqui falhas, há um ano muito difícil e muito atípico”, defendeu.
Patrícia Gaspar explicou que há hoje mais profissionalização e mais bombeiros e considerou que “o trabalho na prevenção é muito importante”.
“Fiscalizámos todas as freguesias prioritárias”, assegurou a secretária de Estado, deixando claro que o foco sempre foi “garantir a máxima proteção da população”.
A responsável avançou ainda que os aviões pesados anfíbios (Canadair) gregos avançam para o terreno já esta segunda-feira.