O Instituto de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira (IFCN) tem todo o dispositivo em alerta, tendo convocado elementos em folga e em férias, devido ao alerta vermelho para risco de incêndio na região, foi hoje anunciado.
“Há alerta vermelho para zonas montanhosas, o que faz com que todo dispositivo de vigilância, o corpo de Polícia Florestal, esteja em alerta máximo”, afirmou o presidente do IFCN, que visitou hoje as equipas de vigilância.
Manuel Filipe referiu que o instituto tem neste momento “70 elementos da Polícia Florestal em permanência, 24 horas”, além das viaturas de primeira intervenção de combate a incêndios.
“Reforçámos [a equipa] com alguns vigilantes e operacionais”, acrescentou, adiantando que alguns trabalhadores “de folga e férias estão a ser chamados” face à situação.
O responsável destacou que a vigilância também está a ser feita através de todas as torres ativas, brigadas móveis e pontos fixos da estrutura: “O alerta vermelho assim determina”, referiu.
Estão a ser usadas “todas as tecnologias que existem”, como os drones, “para maximizar essa vigilância”, durante dia e noite, com base no protocolo celebrado com o Comando Operacional da Madeira.
“Esses drones específicos têm feito voos que permitem detetar incêndios e suspeitos que possam andar em locais impróprios na floresta mesmo durante a noite”, destacou.
O responsável lembrou que o alerta vermelho devido às temperaturas elevadas “vem do fim de semana e estende-se até quarta-feira”.
“A Polícia Florestal tem feito algumas rondas e detetámos no fim de semana três queimadas não autorizadas, ilegais, feitas em locais impróprios para o efeito, e identificámos na segunda-feira o autor de um incêndio”, disse.
Manuel Filipe considerou que com esta situação meteorológica, com temperaturas elevadas, “não é tolerável que as pessoas tenham ainda comportamentos de riscos”, sublinhando que devem ter “consciência de que as suas atitudes não podem ser as mesmas” em relação à floresta.
“Estamos a falar do risco de incêndio, que não pode existir”, sublinhou, argumentando que “o mínimo descuido, a mínima negligência pode originar incêndios”, pelo que a população “tem de estar consciente de que nestas situações não pode utilizar o fogo na floresta”.
Estas situações, sublinhou, “têm um enquadramento legal e as pessoas podem ser punidas”, podendo incorrer na prática de um crime.
“Com temperaturas acima dos 30 graus, humidade abaixo dos 30%, vento acima dos 30 quilómetros/hora, temos condições propícias para que qualquer descuido possa causar um incêndio”, enfatizou.