O fogo que deflagrou hoje à tarde no concelho de Odemira, distrito de Beja, já entrou na zona de Monchique, no Algarve, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.
A fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou à Lusa, cerca das 21:30, que o incêndio já estava a “consumir no território do concelho de Monchique”, no distrito de Faro.
O incêndio mantém duas frentes ativas, estando a destruir mato e povoamento misto, nomeadamente sobreiros, pinheiros e eucaliptos, adiantou a fonte da ANEPC.
A mesma fonte tinha indicado anteriormente, à Lusa, que as duas frentes ativas “continuavam a arder com intensidade” e “nenhuma delas” tinha cedido “aos meios”, prevendo “uma noite muito trabalhosa”.
“Estamos a reforçar os meios terrestres”, acrescentou.
“É um incêndio com progressão rápida, tem combustível disponível, fruto da secura, sobretudo dos combustíveis finos”, e a sua propagação “é potenciada pelo fator vento, que está alinhado com a difícil topografia”, disse.
Por isso, o incêndio “tem todas as condições para progredir com rapidez”, acrescentou.
As chamas já fizeram um ferido grave, um civil de 20 anos que sofreu queimaduras e foi transportado para o hospital, tendo ainda um bombeiro sido assistido no local, por ter sofrido uma entorse, segundo a fonte.
“Este civil foi inicialmente considerado ferido leve e, depois da intervenção da viatura médica, foi reclassificado para ferido grave”, explicou a fonte da ANEPC.
O homem “inspirou ar muito quente e tem que ser avaliado do ponto de vista das vias aéreas”, tendo ainda “uma área queimada considerável”, assinalou, frisando tratar-se do “único ferido” por agora, dado que o bombeiro foi apenas assistido no local.
De acordo com a página de Internet da ANEPC, às 22:20, o incêndio estava a ser combatido por 516 operacionais, apoiados por 176 viaturas.
Os bombeiros receberam às 13:14 o alerta para o fogo, que eclodiu perto do lugar de João Martins, na freguesia de Sabóia, no concelho de Odemira.
A operação de combate envolveu, ao longo do dia, meios dos bombeiros e da Força Especial de Proteção Civil, assim como a AFOCELCA, GNR e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
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