Não são precisos estudos para constatar que ano após ano continuamos a falhar na prevenção dos incêndios e na reforma florestal que continua a tardar.
Mas mesmo os estudos, dizem-nos que Portugal foi o segundo país da Europa mais afetado por incêndios florestais em 2022, com 153 fogos que queimaram uma área de 949 km2, tendo afetado uma área recorde de sítios da Rede Natura 2000. Estas cifras negras, apenas superadas por Espanha, constam de um relatório da Agência Europeia do Ambiente recentemente publicado e vêm somente comprovar que não aprendemos com os erros do passado e continuamos a falhar em matéria de política e gestão florestal.
Por força das alterações climáticas os fenómenos climáticos extremos, como os grandes incêndios, vão ter lugar com cada vez mais frequência, devido também ao “aumento acentuado” do número de dias com elevado perigo de incêndio, mas as alterações climáticas não podem continuar a ter “as costas largas” e a servir de desculpa para as falhas na reforma florestal.
Em julho, completam-se dois anos do lançamento da Nova Estratégia da UE para as Florestas para 2030, no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, a qual, entre outros aspetos, fixou diversas medidas visando atingir a redução de, pelo menos, 55% das emissões de carbono […]