O dispositivo de combate a incêndios no distrito de Santarém para a fase mais crítica “é muito semelhante ao de 2020”, contando com 801 operacionais, 145 veículos e quatro meios aéreos, além das novas tecnologias, disse fonte da proteção civil.
O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Santarém, David Lobato, disse hoje à Lusa que o dispositivo operacional (DECIR 2021) “é similar ao do ano passado”, contando na fase mais crítica com menos 44 elementos, e com uma percentagem muito elevada de bombeiros já vacinados contra a covid-19, que estimou “entre os 98% a 99%” do total de operacionais.
“Em termos gerais, o dispositivo sofreu uma redução de meios disponíveis, mas é muito semelhante ao do ano passado”, afirmou, tendo destacado que o “excelente desempenho” alcançado o ano passado assenta em premissas que se vão manter este ano, como sejam “o pré-posicionamento de meios”, a “monitorização permanente”, uma “deteção precoce” e o “despacho imediato e musculado de meios”.
Em 2017, ano dos últimos grandes incêndios no distrito de Santarém, o total de operacionais adstritos à fase mais crítica era de 521, tendo aumentado progressivamente até atingir os 845 em 2020 e reduzir ligeiramente para os 801 este ano 2021.
Segundo o CODIS, que assumiu o cargo este ano em substituição de Mário Silvestre, o dispositivo “é suficiente para o distrito de Santarém”, tendo destacado a “experiência e o conhecimento do terreno” por parte dos operacionais e feito notar haver “incêndios que quando entram no distrito, nomeadamente na zona norte, já vêm grandes”, sendo mais difíceis de dominar.
O comandante operacional lembrou os grandes fogos de 2017 em Mação, Sardoal e Abrantes, provenientes de Castelo Branco, distrito contíguo, e que demoraram vários dias até serem dados como extintos, e destacou a importância de um “ataque inicial rápido e musculado” para os incêndios não atingirem grandes dimensões.
Por outro lado, dos 407 bombeiros integrados no DECIR 2021 há “entre 98% a 99% dos operacionais com a vacinação completa contra a covid-19”, facto que destacou.
Entre os dias 01 e 30 de junho o DECIR está no nível III de empenhamento operacional, contando no terreno com 135 veículos e 647 elementos.
Na fase IV (de 01 de julho a 30 de setembro), a mais crítica, o dispositivo distrital de Santarém contará com um total de 801 operacionais das várias equipas de intervenção e combate a incêndios, contando ainda com os meios técnicos e humanos da AFOCELCA – Agrupamento Complementar de Empresas de Proteção Contra Incêndios, Associação de Produtores Florestais, ICNF, sapadores florestais das CIM Médio Tejo e Lezíria, militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro, agentes da PSP e militares da GNR/SEPNA), além de apoio ao nível de 27 postos de vigia e 16 câmara do sistema de videovigilância, entre outros.
Em Santarém, o plano operacional para este ano é uma continuidade da estratégia utilizada no ano anterior, e conforme a diretiva nacional, no distrito estarão ainda posicionados quatro meios aéreos, um helicóptero ligeiro e um pesado em Ferreira do Zêzere, um ligeiro em Pernes (Santarém) e um médio no Sardoal.
No âmbito do comando e controlo, o dispositivo conta com um comandante em permanência no Comando Distrital, um oficial de planeamento, dois comandantes de operações em permanência na Lezíria e no Médio Tejo, três equipas de posto de comando operacional e oito equipas de reconhecimento e avaliação da situação.