As autoridades decidiram hoje encerrar várias levadas e veredas na ilha da Madeira devido aos fogos florestais que lavram nos concelhos da Calheta e do Porto Moniz e apelam a que não se circule nas zonas montanhosas.
Num comunicado divulgado pelo Governo da Madeira, é dito que o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza encerrou percursos pedestres classificados “devido à ocorrência de incêndios florestais”.
Assim, foram fechadas as levadas das 25 Fontes (Calheta), Risco (Calheta), Alecrim (Calheta), Cedros (Porto Moniz) e Moinho (no concelho da Ponta do Sol, vizinho a norte do Porto Moniz e a oeste da Calheta).
As autoridades fecharam ainda as veredas da Lagoa do Vento (Calheta) e do Fanal (Porto Moniz) e o Caminho Real do Paúl do Mar (Calheta).
“Informamos, também, que as áreas de lazer da Fonte do Bispo, Cruzinhas, Fanal e Rabaçal encontram-se encerradas e aconselhamos a não circular nas áreas Montanhosas”, acrescentam no comunicado.
Um fogo deflagrou inicialmente na quarta-feira, cerca das 18:00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, tendo alastrado durante a noite à freguesia contígua da Fajã da Ovelha e, posteriormente, às freguesias da Ponta do Pargo e das Achadas da Cruz, esta já no concelho do Porto Moniz.
O Governo da Madeira declarou na quinta-feira a situação de contingência devido aos incêndios que lavram na região, ativando, assim, o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil, anunciou o Serviço Regional de Proteção Civil (ANEPC).
As câmaras municipais da Calheta e do Porto Moniz já ativaram também os seus planos de emergência municipal.
O incêndio obrigou ao encerramento de centros de saúde, um lar de idosos e escolas. Várias pessoas pernoitaram, por precaução, na escola secundária do Porto Moniz e no salão paroquial da igreja local, entre as quais um grupo de alunos do 1.º ciclo, impedidos de regressar a casa nas zonas altas.
Uma mulher ficou ferida, com algumas queimaduras, nas Achadas da Cruz (Porto Moniz).
Hoje de manhã partiu para a Madeira um contingente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, chefiada pelo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Coimbra, Carlos Tavares, integrando 64 Operacionais, dos quais 54 Bombeiros da Força Especial de Proteção Civil, seis elementos da estrutura de Comando da ANEPC e quatro elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica.