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– 25-08-2004 |
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Incêndios / Algarve : Verdes acusam Governo de não reconhecer dimensão prejuízosFaro, 24 Ago "Isto não passa de uma tentativa de camuflagem para tentar mostrar que a área ardida é menor do que aquilo que corresponde à realidade", salientou Manuela Cunha, acrescentando que é preciso "apurar melhor a área ardida no Algarve". A dirigente partidária falava hoje, no final de uma reunião entre uma delegação da Direcção Nacional do partido Ecologista "Os Verdes", a autarquia de São Brás de Alportel e a Direcção da Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão, no âmbito de uma visita às zonas algarvias fustigadas este ano pelos fogos. Segundo Manuela Cunha, os números relativos à área ardida na serra do Caldeirão apontados por aquela associação divergem em muito dos números oficiais apresentados pelo Ministério da Agricultura. "Os números apresentados pela associação de produtores florestais e pelo Ministério da Agricultura não coincidem", disse, acrescentando que "não se está a falar de diferenças de um ou dois hectares, mas sim de milhares". A dirigente partidária diz ainda considerar estranho que em 2003 tenha sido atribuído o estatuto de calamidade pública à região e que, este ano, em que os fogos "atingiram uma zona muito mais extensa e tiveram maior impacto económico e ambiental", a decisão tenha sido contrária. "Acho muito estranho como é que no ano passado o Governo decidiu declarar o estado de calamidade quando a área ardida em questão era bem menor", afirma, salientando que "ninguém está a inflacionar dados" e que os argumentos invocados pelo Governo são "ridículos". Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Câmara de S. Brás de Alportel, António Eusébio, culpou o Governo pela demora na aprovação do plano de prevenção de fogos florestais para o concelho – apresentado em 2002 e ratificado apenas em Maio deste ano. O autarca argumentou que se o plano tivesse sido implementado a tempo poderia ter minorado o efeito devastador dos fogos. "O plano de prevenção foi implementado muito tarde devido a uma série de burocracias solicitadas pelos serviços de agricultura e acabou por não servir de nada", lamenta. António Eusébio ressalva que São Brás de Alportel foi o único município algarvio a apresentar um plano de prevenção de incêndios, que prevê, entre outros, a beneficiação da rede viária florestal, a abertura de aceiros e a construção de um novo ponto de água. Os fogos que em Julho atingiram aquele concelho do leste algarvio devastaram cerca de 3.000 hectares de floresta, na sua maioria áreas de sobreiros, árvore de onde se extrai cortiça. "A arborização que a serra do Caldeirão tinha só vai ser totalmente recuperada daqui a 60 anos", lamenta António Eusébio, acrescentando que a floresta "é uma das únicas riquezas de um concelho que não vive do turismo". A visita da delegação da Direcção Nacional do Partido Ecologista "Os Verdes" ao Algarve prossegue até quinta-feira.
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