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– 21-08-2010 |
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COMUNICADO Inc�ndios em PortugalAfinal de quem � a culpa! Dada a delicadeza do assunto, pouco até agora se tem dito sobre poss�veis solu��es para atenuar a dimensão do problema. Todos se limitam a elogiar a grande coragem dos bombeiros e essa � mesmo de elogiar, pois a troco de nada, apenas para ajudar a salvar parte do país, pessoas e bens particulares, arriscam a pr�pria vida. Grandes homens e mulheres ainda tem Portugal. Toda a popula��o, nomeadamente a residente nos centros urbanos, fica extremamente chocada com a abertura dos telejornais e com o desalento de inúmeras fam�lias que acabaram de perder em poucos minutos todo o esfor�o de uma vida. Falo de casas, de armaz�ns, estábulos de animais e animais, culturas produtivas e floresta privada e colectiva. Quantos dos nossos cidad�os citadinos optam, ou j� optaram, em dividir os seus períodos de fins-de-semana e f�rias entre a praia e o campo? Infelizmente a este ritmo a �nica op��o � s� mesmo a praia! Os residentes das zonas rurais praticamente não t�m alternativa nos seus territ�rios, que estáo condenados a silvas, matos e florestas em perfeito estado de abandono, prop�cias a que qualquer simples cigarro atirado pela janela de um carro desencadeie o caos. Depois v�m os meios a�reos, depois as notícias com os pol�ticos locais e nacionais mais ou menos desenquadrados a atirar em todos os sentidos e a sacudir, cada um o mais que pode, as suas responsabilidades. � assim o nosso país, este � o nosso verdadeiro Portugal, Ver�o ap�s Ver�o. O Estado respons�vel por propriedades agr�colas e florestais, praticamente abandonadas, aparece a condenar os propriet�rios privados do abandono das suas matas e florestas, as autarquias defendem-se e dizem que pouco ou nada t�m a ver com o assunto ou ent�o lamentam-se da falta de compet�ncias e meios para intervir. Que diabo! Com tanto �pap�o�, com tantos �interesses�, tudo ou quase tudo acaba por sobrar para os bombeiros. Os Parques Naturais queixam-se Também da falta de meios, da falta de decis�es de Lisboa em tempo �til e acabam por pouco fazer. Da ocupa��o dos tempos livres de jovens em f�rias, apenas são vigiadas algumas localidades. O ex�rcito, que podia e devia ter uma interven��o mais activa, acaba por aparecer praticamente no rescaldo da maioria dos inc�ndios. Afinal porque � que existem tantos inc�ndios em Portugal no Ver�o? A resposta � muito simples. Porque cada vez existe menos agricultura e agricultores, porque cada vez se investe menos na floresta menos produtiva, de crescimento lento, e porque cada vez existe maior abandono das zonas rurais do nosso país. Se existisse, o que não existe, por parte dos nossos governos, uma verdadeira preocupa��o com o territ�rio das zonas rurais, com as actividades que essas popula��es desenvolvem, ou podiam desenvolver, com verdadeiros incentivos ao investimento, com vantagens fiscais e uma permanente preocupa��o em fixar a popula��o mais jovem, com toda a certeza este flagelo seria bem menor e as vantagens que esses mesmos espaços podiam proporcionar � popula��o em geral seria aliciante e impulsionadora da economia local. Sem a exist�ncia de uma agricultura activa e de uma floresta equilibrada, tratada e sustent�vel, não � poss�vel manter uma boa parte do nosso territ�rio protegido deste flagelo. Se esta fosse a verdadeira vontade dos nossos governantes e respons�veis, Portugal actuava verdadeiramente na preven��o dos inc�ndios, melhorava o patrim�nio, os recursos naturais e passava a depender menos de importa��es de produtos alimentares de outros países. Terminamos com uma sugestáo pol�tica, enquanto a elei��o dos deputados da Na��o depender apenas da popula��o residente nos diferentes Distritos e não existir uma f�rmula que contemple o territ�rio a administrar, privilegiando com maior representatividade parlamentar as regi�es menos povoadas e com maior área, o combate ao abandono dessas mesmas regi�es não passa de promessas eleitorais. 20/08/2010
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