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– 06-11-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Inc�ndios: 50% da área ardida da Beira Interior consumida nos �ltimos 25 anosSeia, Guarda, 05 Nov Esta � uma das conclus�es das Jornadas T�cnicas da URZE – Associa��o Florestal da Encosta da Serra da Estrela, que hoje decorreram em Seia sob o tema "Floresta, Ordenamento e Fogo: tr�s factores comunicantes". Segundo o documento aprovado ao princ�pio da noite, aquela situa��o tem conduzido a "numerosos impactos negativos, sendo os directos referentes � perda de produ��o (lenho, frutos, cogumelos) e indirectos, como o aumento da erosão do solo, altera��o dos recursos h�dricos, perturba��es da fauna, aumento da polui��o atmosf�rica e altera��o da paisagem". A desertifica��o humana, o abandono da agricultura e consequente aumento de área inculta e a diminui��o da quantidade de �gua disponível. são as causas que os participantes conclu�ram ser as principais para a ocorr�ncia dos inc�ndios e suas consequ�ncias. Foi ainda conclu�do que, "para minimizar esta situa��o, tem de haver estrutura��o e planeamento do espaço rural e gestáo florestal. Como medidas de interven��o foi sugerida a criação da "rede regional de defesa da floresta contra inc�ndios, que prev� uma rede de faixas de gestáo de combust�vel, um mosaico de parcelas, rede vi�ria hierarquizada, redes de pontos de �gua, de vigil�ncia e apoio ao combate" dos fogos. As jornadas conclu�ram ser necess�ria a criação de "Zonas de Interven��o Florestal (ZIF), que pretendem ultrapassar o excessivo emparcelamento fundi�rio, o desordenamento do espaço florestal e aus�ncia de gestáo". "Com estas medidas, tenta-se aumentar a resist�ncia dos povoamentos ao fogo, diminuir a área ardida e os efeitos dos inc�ndios", refere o documento. Observa, contudo, que estas interven��es s� seráo poss�veis com o "cadastro da propriedade, estabelecimento de parcerias entre entidades públicas e privadas, salientando o papel fundamental das Associa��es Florestais enquanto entidades conhecedoras do territ�rio e merecedoras da confian�a dos propriet�rios". Como exemplo de estrutura��o, organiza��o e implementa��o de trabalhos no espaço agro-florestal, um "Plano Pr�vio da Unidade de Gestáo do Malh�o (UGFM)" no concelho de Seia, objecto de interven��o através de protocolo estabelecido entre a URZE e a Direc��o Regional de Agricultura da Beira Interior (DRABI), "tem em vista o ordenamento territorial e florestal do concelho de Seia, apoiando e incentivando o desenvolvimento agro-florestal através da adop��o de medidas e ac��es de preven��o e protec��o contra inc�ndios florestais". Jos� Costa, presidente da URZE, explicou � agência Lusa que a UGFM foi escolhida como "unidade piloto" depois de um levantamento das diferentes caracterásticas edafo-clim�ticas da regi�o, de que resultou a divisão do concelho de Seia em 15 Unidades de Gestáo. A UGFM encontra-se inserida no Parque Natural da Serra da Estrela e possui uma área de 1.089 hectares, dos quais cerca de uma centena foram consumidos pelo fogo h� cerca de duas semanas. As conclus�es das Jornadas T�cnicas da URZE sublinharam que a "Encosta da Serra da Estrela, pelas suas especificidades e import�ncia dos recursos h�dricos, dever� ter apoios financeiros diferenciados dos existentes, que não visem apenas a produ��o lenhosa mas sim que estejam vocacionados para a protec��o e conserva��o". "Todas estas propostas t�m de ser feitas pelas pessoas, com pessoas e para pessoas, tentando inverter a desertifica��o humana no espaço rural, que deve tornar-se apetec�vel ao investimento permitindo a valoriza��o da paisagem", adiantam. Participaram nas Jornadas respons�veis do Ministério da Agricultura na Beira Interior, investigadores universit�rios, autarcas, produtores florestais, Parque Natural da Serra da Estrela, Direc��o Geral de Florestas e Circunscri��o Florestal do Centro.
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