Tomando conhecimento do comunicado de 17 de novembro do Conselho de Ministros que “determina o início do processo de transferência e partilha de atribuições dos serviços periféricos da administração direta e indireta do Estado, para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)” na área da agricultura, resultando na prática na extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas, a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores manifestou ao Primeiro Ministro a sua preocupação face a esta resolução que resultará no ainda maior isolamento dos agricultores e produtores pecuários, no abandono da atividade primária, no afastamento do Ministério da Agricultura ao território e na incapacitação das fileiras agropecuárias.
“Consideramos que esta é mais uma medida que visa o desmantelamento do Ministério da Agricultura, ignorando ser esta a única área de governação da qual dependem 100% dos portugueses.
A FPAS não pode deixar de discordar desta linha de atuação política que apouca, ofende e reduz à mínima expressão a agricultura e os agricultores portugueses. Em tempos de campanha eleitoral ouvimos o V/Exª referir que “é preciso alimentar o gado, é preciso acarinhar o gado, é preciso tratar bem o gado” e a tomar como lema “não deixar ninguém para trás”. Pois, é com consternação que vemos agora o Governo de V/Exª deixar para trás o gado e quem trata do gado.
A agricultura foi dos poucos setores que não parou durante a pandemia, continuando a produzir bens de primeira necessidade para que os portugueses pudessem ficar protegidos na segurança dos seus lares. No momento presente a agricultura vive tempos de grande indefinição causada pela seca e pela guerra na Ucrânia e é neste preciso momento que o Governo de Portugal decide extinguir organismos regionais de importância nuclear para o desenvolvimento rural aumentando o grau de instabilidade das milhares de empresas agrícolas, agricultores e produtores pecuários do país.
Neste sentido, vem a FPAS apelar a V/Exª para que esta resolução seja revertida a bem do país, da economia nacional e dos consumidores portugueses.”
Fonte: FPAS