Como resultado da eleição dos órgãos sociais para o próximo mandato, Jorge Tomás Henriques, Presidente da FIPA, assume os lugares de vice-presidente da Direção e de membro da Comissão Executiva da CIP.
A participação massiva na eleição de hoje que escolheu os órgãos sociais da CIP para os próximos quatro anos confirma a força e a dinâmica do movimento associativo empresarial.
A eleição de Armindo Monteiro com base no programa eleitoral “A Força da Economia é a Força de Portugal” transmite uma mensagem clara ao Governo: depois da assinatura de um acordo de concertação social, em setembro do ano passado, classificado como histórico pelo primeiro-ministro, as políticas públicas que estão a ser concretizadas não só ficam aquém das necessidades do país, como provocam um atrito contraproducente, expondo as empresas e os trabalhadores a um risco económico desnecessário.
Não há coesão social sem crescimento económico. Não há melhor emprego sem o desenvolvimento sustentável do país. Não há economia sem o envolvimento sério de empresários e sem trabalhadores. Para que isto aconteça da forma mais eficaz e profícua é fundamental que todos os partidos políticos — e em especial o Governo que hoje exerce o poder executivo — reconheçam o papel central das empresas e compreendam que é preciso ter uma ação estrutural sobre a economia, não apenas gerir o imediato, como tem acontecido demasiadas vezes.
Não é possível negociar com as empresas os aumentos salariais para o setor privado e, à margem, alterar a legislação laboral sem avaliar os custos e os impactos reais de competitividade que terão na economia nacional. Não é assim que se valoriza a concertação social, não é assim que o país conseguirá recuperar o atraso face aos países mais desenvolvidos. Pelo contrário, Portugal ficará sujeito ao trabalho que está a ser feito pelos mais recentes membros da União Europeia.
Portugal deu um salto quantitativo muito relevante nas últimas décadas, mas tem perdido terreno ou, quando não é esse o caso, não o recupera com a velocidade e a solidez necessárias. O presidente da CIP e todos os órgãos sociais têm como ponto principal da agenda para este mandato participar ativamente no debate nacional sobre estes assuntos e defender as políticas que ajudem Portugal a ser mais competitivo, menos burocrático e socialmente mais coeso.
A eleição para os órgãos sociais da CIP foi amplamente participada, tendo registado o maior número de votos em atos semelhantes. A força do movimento associativo liderado pela CIP fortalece a legitimidade do novo presidente, Armindo Monteiro, e de toda direção e demais órgãos sociais.
Numa primeira declaração, Armindo Monteiro afirma: “Quero agradecer a participação massiva das associações que compõe a CIP e nos dão mais força. Tenho perfeita noção da enorme responsabilidade que nos é confiada pelo movimento associativo que, como se vê, deu nova prova de vitalidade e capacidade mobilizadora. Vamos estar à altura das circunstâncias exigentes que enfrentamos. O nosso compromisso para este mandato é muito claro: defender o progresso de Portugal através da plena participação das empresas no esforço coletivo de transformação económica, desenvolvimento social e reforma do Estado, como instrumento de promoção do bem-estar e da coesão social. O nosso país tem de estar focado nos desafios. Não pode perder mais tempo em discussões ideológicas estéreis afastadas dos problemas reais das pessoas e das empresas. Não há tempo a perder. As empresas farão a sua parte, compete ao poder político eleito fazer a sua. A CIP contribuirá com sugestões, abertura negocial e vigilância democrática.”