“Desafios e Oportunidades em Tempos de Inflação” foi o mote para a 6.ª Conferência para a Competitividade organizada pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares no âmbito do encerramento das comemorações dos seus 35 anos, que decorreu no dia 16 de Maio, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O encontro, que contou com a presença da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, reuniu diversas individualidades do sector agroalimentar, numa reflexão sobre o estado da economia no que diz respeito à área alimentar, onde foram alvo de debate as estratégias para o futuro do mercado e das indústrias transformadoras nacionais.
Jorge Henriques, presidente da FIPA, relembrou a importância da indústria portuguesa agroalimentar como «o maior sector nacional transformador de base industrial, com um volume de negócios que, em 2022, terá ultrapassado os 19 mil milhões de euros, um valor acrescentado bruto de 3,5 mil milhões, mais de 11 mil empresas e cerca de 110 mil postos de trabalho directos e mais de 500 mil indirectos, ultrapassando a barreira dos 7 mil milhões de euros em exportações».
Destacando as adversidades que a indústria agroalimentar tem enfrentado ultimamente, Jorge Henriques reforçou as prioridades para o sector, que incluem a consolidação de uma estratégia pública de incentivos à inovação, a adequação de uma política fiscal à competitividade, o desenvolvimento de políticas económicas e diplomáticas como impulso à exportação e internacionalização das marcas, a eliminação de restrições comerciais e o acesso ao aprovisionamento energético, entre outras medidas principais. Reforçou ainda que «toda a nova legislação deve incluir uma secção de crise e emergência e apelou por garantias de financiamento e assistência de emergência para as empresas necessitadas».
Todas as intervenções, na nossa edição de Junho.
O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.