A iniciativa Apadrinha uma Oliveira é uma parceria entre a Endesa e a ONG Apadrina un Olivo, e visa recuperar oliveiras abandonadas, promovendo a produção de azeite de forma tradicional e a produção de conservas a partir de produtos locais. Faz parte do plano socioeconómico inserido no Projeto de Transição Justa para Pego, adjudicado à Endesa em 2022
O objetivo é recuperar 10.000 oliveiras abandonadas dos mais de 200.000 hectares de olival abandonado em Abrantes. Apadrina un Olivo é um modelo de empreendedorismo rural nascido em 2014 em Oliete, Teruel (Espanha), para gerar desenvolvimento rural sustentável em áreas pouco povoadas
Está prevista a criação de 27 postos de trabalho, associados ao projeto, na região de Abrantes, em Portugal. Esta iniciativa, implementada agora a nível ibérico, promete trazer benefícios socioecónomicos, significativos para a região
O director geral da Endesa em Portugal e o Director do Negócio de Produção Elétrica da Endesa em Portugal apresentaram este inovador projeto, com o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes
O Projecto de Transição Justa da Endesa para Pego: A companhia obteve em 2022, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde, num investimento superior a 600 milhões de euros
A iniciativa toma lugar no dia mundial do Meio Ambiente.
A Endesa realizou esta segunda-feira o evento “Apadrinha uma Oliveira”, que aconteceu em Mouriscas, na Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, em Abrantes. O evento teve lugar junto à Oliveira de Mouchão (a mais antiga da Península Ibérica, com 3.350 anos).
A Endesa, através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu em 2022 o concurso de transição justa do Pego, em Portugal, com um projeto que combina a hibridização de fontes renováveis e o armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.
O objetivo principal do Evento, foi apresentar in loco o projeto e conscientizar os vários convidados sobre a importância do apoio e preservação do meio ambiente. Esta iniciativa, agora implementada a nível ibérico, promete trazer benefícios significativos para a região, de forma a reativar a economia sustentável.
Durante o evento, o diretor geral da Endesa em Portugal, Guillermo Soler, e o diretor do negócio de produção elétrica da Endesa em Portugal, Pedro Almeida Fernandes, receberam o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, para formalizar esta inovadora parceria.
O Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos afirmou: “este projeto vem potenciar a criação de sinergias entre os produtos de azeite e ajudar a alavancar todos os recursos instalados no concelho, num sector considerado estratégico para o Município”.
A cerimónia de assinatura do protocolo entre a Endesa e a ONG foi um dos momentos-chave do evento. Após a assinatura do protocolo, os participantes tiveram a oportunidade de fazer um passeio pelos olivais de Mouchão, onde viram de perto as oliveiras, e foi apadrinhada a primeira Oliveira, “Abrantes”.
Durante o evento, foram destacados os benefícios socioeconómicos e ambientais que o projeto trará para a comunidade.
“A conservação dos olivais favorece não só um impacto social no território, mas também um impacto ambiental, contribuindo para a mitigação de CO2. Além disso, é um conjunto de estratégias e instrumentos para envolver os proprietários e utilizadores do território na conservação e boa utilização dos valores e recursos naturais, culturais e paisagísticos”, afirmou Pedro Almeida Fernandes, diretor do negócio de produção elétrica da Endesa em Portugal.
Segundo José Martín, “o olival representa o que somos e como nos relacionamos com o nosso ambiente, por isso precisamos de madrinhas e padrinhos que queiram manter o legado do nosso território, para nos reconectarmos com a nossa identidade, património e riqueza e juntos podemos reescrever a história. Por isso, convidamo-lo a entrar no sítio Web, a escolher uma oliveira, a apadrinhá-la e a começar a fazer parte de uma comunidade forte com impacto no território”.
O Responsável de Apadrinha Uma Oliveira, João Pinelas, afirmou: “A minha ligação à tradição olivícola é muito antiga: a família da minha mulher tem oliveiras e eu sei o que é apanhar azeitonas e levá-las para o lagar. Foram precisos 32 anos para que as oliveiras se tornassem os atores principais da minha vida, e nunca mais secundários. Depois de terminar a minha passagem pelo Pego com a Endesa, a Apadrina un Olivo seu projeto de inovação social, permite-me aprender e reencontrar-me com a terra e com o que nos rodeia, desta vez olhando de frente para a riqueza natural. Nunca é tarde para reescrever a história, a nossa história, a nossa própria história, a história que temos em comum. Por isso, gostaria de vos perguntar: que relação têm com a oliveira/com o olival? Que memórias vos evoca?”
O evento terminou com uma mensagem de agradecimento do diretor geral da Endesa Portugal, Guillermo Soler, para que todos se envolvam de forma ativa na proteção do meio ambiente e no apoio a projetos que promovam a sustentabilidade e a revitalização das comunidades locais.
“Esta iniciativa única em Portugal é um exemplo claro de como queremos transformar a região de Abrantes para construir, a par de um grande desenvolvimento energético, oportunidades de futuro ligadas ao território. A promoção do agronegócio deixa valor acrescentado na comunidade local e permite a abertura de novos oportunidades para a população. Este é o primeiro passo do projeto socioeconómico que compromete a Endesa numa transição justa após a conclusão da exploração da central do Pego.”
Projeto “Apadrinha Uma Oliveira” em Portugal
A iniciativa “Apadrinha uma Oliveira” é uma parceria entre a Endesa e a ONG “Apadrina un Olivo”, além de recuperar oliveiras abandonadas, promove a produção de azeite de forma tradicional e o cultivo de conservas a partir das hortas.
Serão geradas oportunidades de emprego de qualidade, com 27 postos de trabalho associados ao projeto. E não só criar-se-á trabalho no entorno rural, ainda reativará o sector agrícola em abandono.
O objetivo na região de Abrantes, é recuperar 10.000 oliveiras abandonadas dos mais de 200 000 hectares de olival abandonado na região de Abrantes e Médio Tejo. Porque ao recuperar o património natural estamos também a mitigar o risco de incêndios na zona.
Ainda, “Apadrinha Uma Oliveira” instalará o próprio lagar de azeite, uma fábrica de conservas e uma unidade de compostagem na região de Abrantes, incentivando assim a fixação da população rural.
Também, a entidade irá lançar uma marca de azeite virgem extra “com propósito”, como consequência da recuperação dos olivais, e a médio prazo criará uma fábrica de conservas para recuperar os hortos da zona e consumir produtos locais.
O Projeto “Apadrinha uma Oliveira” está enquadrado no Plano para a Criação de Valor Partilhado ou CSV (Creating Shared Value), com que a Endesa trabalha em todos os seus projetos. Visa maximizar o seu valor para a comunidade envolvente através de um conjunto de iniciativas que são construídas através de um processo participativo com os agentes locais.
A colaboração da Endesa com a iniciativa começou na região espanhola de Andorra (Teruel), depois da adjudicação conquistada pela Endesa, no concurso de Transição Justa em 2022. Está incluída no relevante plano de desenvolvimento socioeconómico para a região.
Apadrina un Olivo é um projeto social de referência em Espanha: Um modelo de empreendedorismo rural nascido em 2014 em Oliete, Teruel, Espanha, para gerar desenvolvimento rural sustentável em áreas pouco povoadas. Gera um triple bottom line e um elevado impacto social, enquadrado nos cinco S’s “Social, Solidário, Sustentável, Saudável e Solar”.
O projeto de Transição Justa da Endesa
Depois do fecho da central térmica do Pego, a Endesa ganhou o concurso público e obteve em 2022, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA. Para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.
Situado na Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, trata-se de um projeto economicamente sustentável que não depende de subsídios externos, e que representa um investimento da Endesa de 600 milhões de euros.
O sucesso da proposta da Endesa deve-se sobretudo aos projetos de desenvolvimento social e económico para a Região, uma vez que se compromete com a criação de 75 postos de trabalho permanentes, um Plano Global de formação e capacitação aos residentes e apoio às PME para que integrem os seus projetos na Região.
O projeto da Endesa foi concebido desde o início como uma colaboração com a Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego e com os trabalhadores envolvidos no encerramento da central a carvão do Pego, pelo que a proposta apresentada inclui um Plano Global de formação e de desenvolvimento social e económico para a Região.
Por outro lado, a Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego será convertida num espaço para a biodiversidade, onde os projetos tecnológicos serão hibridizados com os setores primário e secundário, uma aposta da Endesa na qual a empresa tem trabalhado há vários anos noutras instalações e que têm demonstrado a sua viabilidade.
Esta Criação de Valor Partilhado ou CSV (Creating Shared Value) com que a Endesa trabalha em todos os seus projetos visa maximizar o seu valor para a comunidade envolvente através de um conjunto de iniciativas que são construídas através de um processo participativo com os agentes locais. O que torna o projeto da Endesa em Abrantes único é precisamente o envolvimento das PME locais que vão desenvolver o seu modelo de negócio na Região, com projetos específicos
Fonte: Endesa