Agora, mais uma vez atrás dos subsídios do Estado e da União Europeia, estamos a trocar pastagens, bosques, florestas e até os sagrados montados de sobro por painéis solares, como acontece em grandes áreas verdes do Ribatejo, Alentejo e Algarve
Vem este título a propósito da nova febre dos painéis solares espalhados pelo país. Primeiro, começámos a encher as nossas colinas, deformando a paisagem com as pás gigantes das eólicas, muitas delas, entretanto, já abandonadas e transformadas em ferro velho poluente, como acontece nalgumas zonas a Oeste de Lisboa, na Serra de Montemuro ou no Alto Minho.
Agora, mais uma vez atrás dos subsídios do Estado e da União Europeia, estamos a trocar pastagens, bosques, florestas e até os sagrados montados de sobro, por painéis solares, como acontece em grandes áreas verdes do Ribatejo, Alentejo e Algarve.
Ou seja, trocamos terra arável, plantas, que produzem oxigénio e reduzem o aquecimento do planeta, por ferro, alumínio e plásticos. E o mais grave é que isso seja levado a cabo com a autorização de um Governo que se diz amigo do ambiente e quando sabemos que para produzir eletricidade pela via solar, com algum impacto no consumo do país, teríamos de cobrir de painéis todo o território nacional.
É verdade que os recursos naturais não são infinitos, nem facilmente acessíveis e muito menos gratuitos ou igualmente à disposição todos. […]