Em confer�ncia promovida no IX Certame "Festa das Adiafas" Alimentos tradicionais e biol�gicos defendidos no Cadaval
Inserida no certame "Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve", decorreu, no passado dia 17 de Outubro, a confer�ncia "Produtos regionais, produ��o biol�gica e gastronomia tradicional", onde ficou patente a necessidade de defender e privilegiar os alimentos tradicionais e biol�gicos, em prol da Saúde, da economia e da tradi��o alimentar.
Esta confer�ncia-debate, promovida em parceria com o Munic�pio do Cadaval, insere-se no ciclo de cinema, organizado pelo MPI – Movimento Pr�-Informação para a Cidadania e Ambiente, que, por sua vez, está Também integrado no I� F�rum do Oeste pela Educa��o e Desenvolvimento Sustent�vel.
A confer�ncia, cuja modera��o coube a Alexandra Azevedo (MPI), iniciou-se com a projec��o de um pequeno document�rio intitulado "TranXg�nia: a hist�ria do verme e o milho".
Fernando Serrador, da Certiplanet, apresentou, na sua interven��o, alguns dados sobre a produ��o em modo biol�gico – o modo de produ��o que mais tem crescido a nível. mundial, representando j� 5% da Superf�cie Agr�cola �til na Europa -, bem como as normas �ticas das empresas certificadoras.
De seguida, coube a Daniela Geraldes apresentar o "Projecto 270". Trata-se de um projecto de dinamiza��o de uma horta biol�gica certificada, em plena área de paisagem protegida da Arriba F�ssil da Costa da Caparica, com o objectivo de facilitar o escoamento da produ��o da horta e promover h�bitos de vida sustent�veis. Com base nesse projecto, t�m sido realizadas inúmeras actividades, tais como jantares, fins-de-semana para fam�lias, com oficinas pr�ticas (fabrico de p�o, fabrico de sab�o), tert�lias e debates.
Por seu turno, V�tor Lamberto, representante do Movimento "Slow Food", exp�s os objectivos do movimento e o respectivo trabalho na defesa dos produtos tradicionais e seus processos de fabrico artesanais. Como explicou, muitos destes produtos passaram para a ilegalidade devido a normas europeias desajustadas e, por isso, estáo na mira da ASAE. Uma estratégia para contornar a situa��o � a promo��o destes produtos em eventos gastron�micos no estrangeiro, para que, depois de alcan�arem notoriedade, possam vir a ser de novo aceites.
De entre outras ideias partilhadas na confer�ncia, o referido orador preconiza que a agricultura tem de ser o motor da economia de Portugal. Para além disso, as autarquias locais t�m um papel determinante na promo��o dos produtos e gastronomia regionais. Explicou ainda que o Movimento "Slow Food" defende o alimento bom (saboroso, nutritivo, fresco, da �poca), limpo (sem res�duos, sem transgúnicos) e justo (a pre�o justo para o produtor).
Finalmente, Jos� Manuel Costa e Oliveira, secret�rio-geral da FENADEGAS, real�ou a import�ncia do vinho na gastronomia e na Saúde, apresentando o trabalho desenvolvido na promo��o de um consumo regrado de vinho e na sensibiliza��o dos mais jovens para os perigos do consumo irrespons�vel de bebidas alco�licas.
Seguiu-se um participado debate em que a import�ncia dos consumidores e dos mercados de proximidade (produtor-consumidor) foram considerados pe�as-chave para melhorar a produ��o e a variedade de alimentos, tendo Também os agricultores de estar atentos para responder � procura do mercado, concretamente de produtos biol�gicos.
Defendida Também, durante o debate, foi a ideia de que a melhor forma dos consumidores evitarem o consumo de transgúnicos será privilegiar os alimentos biol�gicos (em especial os de origem animal, uma vez que o principal mercado dos transgúnicos são as ra��es para animais) e rejeitar os alimentos processados industrialmente, uma vez que a rotulagem que obriga � informação dos ingredientes transgúnicos deixa de fora os aditivos, sendo que na sua maioria são provenientes do milho ou da soja – as principais culturas transg�nicas.
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