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– 20-11-2006 |
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Desertifica��o: Especialistas reclamam verbas para fixar popula��es no interiorCastro Verde, Beja, 19 Nov "� necess�rio que os programas nacionais contemplem uma justa afecta��o de verbas para combater a desertifica��o e fixar as popula��es no interior, em especial nas zonas rurais", disse � agência Lusa o presidente da Liga para a Protec��o da Natureza (LPN), Eug�nio Sequeira. Como exemplo, o especialista referiu o Programa Nacional da Pol�tica de Ordenamento do Território (PNPOT), o Programa Operacional da Regi�o Alentejo (PORA), uma das regi�es mais afectadas, e o Quadro de Refer�ncia Estratégico Nacional para o período 2007-2013. Esta � uma das conclus�es das terceiras Jornadas Ambientais da LPN, que terminaram hoje, em Castro Verde, ap�s quatro dias a "aprofundar o conhecimento público e cient�fico sobre a desertifica��o", num encontro que juntou mais de 3 0 especialistas, nacionais e estrangeiros. Apesar dos diferentes sinais de alerta lan�ados nos �ltimos aos, lamentou Eug�nio Sequeira, "a verdade � que continuamos sem pol�ticas nacionais, gerais e sectoriais para combater a desertifica��o". "Um problema emergente em Portugal e com consequ�ncias t�o graves, como o aumento das assimetrias entre as regi�es, criando perdas demogr�ficas, pobreza, abandono e desemprego", alertou. "Se nada for feito nos próximos 20 anos, cerca de 66 por cento do territ�rio pode ficar deserto e seco", acentuou, lembrando que, independentemente deste cen�rio futuro, cerca de um teráo do territ�rio j� sofre "uma grave desertifica��o". "A aridez dos solos j� atinge quase todo o Alentejo e o interior algarvio", sublinhou, alertando mesmo para propor��es "quase dram�ticas" na margem esquerda do Guadiana, nos concelhos de M�rtola, Castro Marim e Alcoutim. O fen�meno não está, contudo, confinado ao Sul do país, pois, disse, "todo o interior junto � fronteira com Espanha, do Algarve a Tr�s-os-Montes, está a ficar deserto", com a perda de potencial biol�gico dos solos (desertifica��o f�sica) e de popula��o (desertifica��o humana). Lembrando que a presença humana � "fundamental" no combate � desertifica��o, Eug�nio Sequeira alertou para a necessidade de se "contrariar o despovoamento nas zonas deprimidas". "� preciso reinvidicar medidas de discrimina��o positiva que possibilitem a fixação de popula��o no interior, reduzindo a pressão sobre a orla costeira e resolvendo os problemas resultantes da litoraliza��o da economia", afirmou. "O combate � desertifica��o passa obrigatoriamente pela preserva��o do mundo rural", salientou, acrescentando que � preciso uma "agricultura compatével com o bom uso dos solos e a preserva��o da biodiversidade". Neste cap�tulo, Eug�nio Sequeira defendeu a aposta nos Planos Zonais, que considerou "ferramentas de gestáo do territ�rio essenciais para combater a desertifica��o". "Por exemplo, o Plano Zonal de Castro Verde continua a afirmar-se como um instrumento fundamental na preserva��o ambiental, conciliando as pr�ticas agr�colas com a conserva��o da Natureza", elogiou. Neste sentido, o especialista voltou a defender o pagamento a agricultores que contribuam para serviços ambientais destinados a impedir a desertifica��o dos solos. "O Governo, se quiser manter a agricultura no interior tem de pagar os serviços que a agricultura presta", disse, lembrando que "a culpa do despovoamento do interior reside na falta de condi��es para a fixação das popula��es". Por outro lado, continuou, "são necess�rias medidas de apoio a uma pol�tica agr�cola e florestal concertada para preservar os recursos naturais e contrariar o abandono do mundo rural". "� urgente Também definir uma pol�tica de gestáo de recursos h�dricos, que assegure uma gestáo racional e conserva��o da qualidade da �gua", continuou. Lembrando a exist�ncia do Plano Nacional de Combate � Desertifica��o, e laborado em 1999, Eug�nio Sequeira disse que � "necess�rio agir rapidamente" e que "o mais importante � co-responsabilizar e envolver todos na implementa��o de estratégias ambientais e sociais". "O que implica a criação, por parte das entidades locais, de mecanismos para efectivar esta participa��o, aplicando os objectivos da Agenda XXI Local, na qual a sensibiliza��o e a educa��o ambiental desempenham um papel muito importante", rematou.
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