Uma delegação da Federação Alemã de Mercados (GFI) deslocou-se recentemente a Lisboa, onde visitou o Mercado Abastecedor de Lisboa (MARL) e vários mercados municipais de Lisboa. Esta viagem teve como objectivo conhecer boas práticas e diferentes conceitos e modelos de gestão.
Segundo um comunicado da Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores (Simab), esta delegação da GFI – parceira do MARL e do Grupo Simab no contexto da União Mundial de Mercados (WUWM) – era composta por cerca de 30 directores, representantes associativos e operadores de mercados grossistas e retalhistas. No âmbito da visita, a delegação reuniu ainda com a Câmara de Comércio Luso-Alemã («com a intenção de aferir o relacionamento económico entre os dois países») e com a Portugal Fresh – Associação Para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal («onde se inteirou da evolução das exportações da produção nacional para a Alemanha»).
No MARL, a delegação mostrou «interesse na estratégia para a captação de novos investimentos privados», mas «o enfoque voltou a ser colocado no desenvolvimento do seu Plano Estratégico 2017/20 e na execução do Plano de Modernização em curso, documentos fundamentais para a adaptação deste mercado abastecedor às mudanças registadas no sector, que têm despertado o interesse de várias estruturas associativas de outros países», indica o comunicado. A delegação alemã visitou também a Câmara Municipal de Lisboa, onde «demonstrou particular interesse no Plano Municipal de Mercados, que gere a intervenção estratégica do município neste sector do comércio retalhista até 2020».
O comunicado assinala que a delegação fez questão de visitar vários dos mercados da capital portuguesa, «para consubstanciar a informação recolhida». Assim, visitou o Mercado da Ribeira («onde coexiste uma gestão pública e uma exploração privada e uma realidade voltada para o comércio tradicional e para a vertente mais turística»), o Mercado do Lumiar («onde se localiza, com especial relevo, a comercialização de produtos biológicos»), os mercados de Alvalade (Norte e Sul, «onde se identificam realidades comerciais mais familiares e de rua») e os mercados de Campo de Ourique e de Alcântara («onde coexistem espaços de restauração, supermercados e comércio de produtos frescos»).
No MARL, a delegação foi recebida pelo presidente do Conselho de Administração, que sublinhou a «gestão rigorosa dos gastos operacionais», embora «com reforço em áreas essenciais ao bom funcionamento dos espaços e ao reforço da atractividade do Mercado». O comunicado assinala que isto foi feito «em conjugação com a dinâmica promocional e comercial introduzida, o que permitiu aumentar as taxas de ocupação do MARL, potenciando as oportunidades e vantagens proporcionadas pela recuperação da economia».
Na ocasião, diz o comunicado, Rui Paulo Figueiredo lembrou ainda que a gestão do MARL está marcada, sobretudo nos últimos tempos, «por um reforço de negociações em curso, de contratos celebrados, de projectos e obras iniciados». Para o presidente do Conselho de Administração, esta evolução irá traduzir-se, «nos próximos exercícios, em especial a partir de 2020, num reforço substancial, e recorrente, dos rendimentos».