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– 10-11-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Vitivicultura: Adega Cooperativa exige indemniza��o de 1,25 ME � CVRVVViana do Castelo, 09 Nov Segundo Bettencourt Lopes, presidente da Adega Cooperativa de Viana do Castelo, em causa estáo os preju�zos resultantes da queixa que a CVRVV apresentou em 2002 no Ministério público contra aquela adega, por alegadamente ter detectado a exist�ncia de corantes orgúnicos sint�ticos nos seus vinhos. Na altura, a CVRVV apreendeu 52.730 litros de vinho, enquanto a adega de Viana do Castelo, bem como um adegueiro e um en�logo que nela trabalhavam, foram acusados formalmente da pr�tica de um crime contra a genuinidade, qualidade ou composi��o de g�neros aliment�cios e aditivos alimentares. O Tribunal Judicial de Viana do Castelo, por senten�a datada de 12 de Julho de 2005 a que a Lusa hoje teve acesso, absolveu os arguidos, que agora se preparam para avan�ar com uma ac��o c�vel para serem ressarcidos dos preju�zos resultantes de toda esta situa��o. "At� 2002, a adega estava numa situa��o financeira relativamente equilibrada, mais ou menos estável, mas este processo significou uma forte machadada na nossa estrutura e conduziu-nos � actual situa��o de fal�ncia t�cnica, com d�vidas que ultrapassam o milh�o de euros", referiu Bettencourt Lopes. Este respons�vel garantiu que em 2002 a adega vendia mais de 2.000 pipas (500 litros cada), mas hoje, na sequ�ncia das "falsas notícias" dando conta da exist�ncia de "corantes" no vinho, as vendas ficam-se entre as 200 e as 300 pipas. "não temos dinheiro para pagar aos s�cios, e eles não entregam aqui as uvas, gerando-se aqui um ciclo vicioso que deixa a adega numa situa��o terr�vel", acrescentou. A Adega de Viana do Castelo produziu em 2001 cerca de 1.400 pipas de vinho, um n�mero que, este ano, não dever� ultrapassar as 120 pipas. "A CVRVV � a grande respons�vel por esta situa��o e vai ter que pagar por isso", sublinhou Bettencourt Lopes, garantindo que se o tribunal deferir a indemniza��o de 1,25 milhões a adega de Viana do Castelo, fundada em 1964 e actualmente com cerca de 400 s�cios, ainda terá "alguma hip�tese de sobreviv�ncia" e de relan�ar a sua actividade. O in�cio do diferendo remonta a 25 de Julho de 2002, quando a Adega Cooperativa de Viana do Castelo apresentou na CVRVV uma requisi��o dos selos de garantia para a certifica��o de um lote de 52.730 litros de vinho tinto, acompanhada de uma amostra composta por tr�s garrafas. A CVRVV analisou o vinho no seu laboratério e concluiu que ele continha corantes orgúnicos sint�ticos. A adega não se conformou e pediu análises a tr�s organismos independentes, entre os quais o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, tendo todos dado resultados negativos, ou seja, não foram detectados os referidos corantes. "Cheguei até a propor que fossem mandadas amostras para análise num laboratério em Nova Iorque que � uma refer�ncia mundial, mas a CVRVV não aceitou e manteve a queixa", criticou Bettencourt Lopes. Disse ainda não ter d�vidas que a intenção da CVRVV foi atac�-lo, "por ser uma voz inc�moda" dentro da comissão e por até se ter falado que ele se poderia candidatar � presid�ncia do organismo. além disso, Bettencourt Lopes não dissociou esta queixa do facto de a CVRVV "ser s�cia e/ou ter interesses" na Adega Cooperativa de Ponte da Barca, naturalmente concorrente da de Viana do Castelo. A agência Lusa contactou a CVRVV, mas ningu�m quis comentar o assunto, alegando que essa � uma compet�ncia do presidente do organismo, Manuel Pinheiro, e que este se encontra de f�rias.
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