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– 27-09-2008 |
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Crise alimentar: Especialistas defendem pol�tica europeia de stocks para segurançaA recente crise mundial de subida dos pre�os dos alimentos evidenciou ser necess�rio que a União Europeia (UE) tenha uma pol�tica de stocks para poder enfrentar um novo aumento dos pre�os dos cereais, afirmaram hoje especialistas reunidos em Lisboa. "O aumento dos pre�os das matérias-primas [trigo, milho, centeio e arroz], que registaram máximos hist�ricos nos primeiros meses de 2008, provou que a UE deve ter uma pol�tica agr�cola de stocks para segurança alimentar, que permita atenuar um novo ciclo de alta de pre�os destes bens agr�colas", disse o antigo ministro da Agricultura, Armando Sevinate Pinto. Por outro lado, o director para a área Internacional do grupo Nestl�, Herbert Oberhaensli, defendeu ser urgente ter "uma visão global" da crise alimentar, para que possa ser "entendida e enfrentada" de novo pelo mundo. Herbert Oberhaensli, que como Sevinate Pinto Também falava na confer�ncia "A Crise Mundial dos Alimentos", organizada pela Associa��o Comercial de Lisboa, insistiu ainda na ideia de que a recente crise alimentar no mundo deve actualmente ser analisada numa perspectiva de longo prazo, onde a questáo da escassez de �gua se vai colocar num futuro próximo. "Um teráo da popula��o mundial [que trabalha na agricultura] será afectada pela car�ncia de �gua j� em 20025", calculou Herbert Oberhaensli. A generalidade dos especialistas admitiu que a crise alimentar resultou da rigidez da oferta e do aumento da procura de cereais, nomeadamente devido ao aumento do consumo da China e �ndia, manifestando-se de acordo quanto � quebra da produtividade agr�cola. Sevinate Pinto não descartou os factores climatéricos como um dos factores na origem da recente crise alimentar, for�ada igualmente pela redu��o das colheitas cereal�feras nos principais países produtores mundiais. "As perturba��es de pre�os das matérias agr�colas sempre existiram e por raz�es clim�ticas e rigidez da procura", defendeu Sevinate Pinto, coordenador da AGROGES, empresa de consultoria do sector agr�cola. Para este agr�nomo, a subida dos pre�os "� uma evid�ncia. Fala-se muito nisso, mas esquece-se a questáo dos custos que estáo a afectar os agricultores, como nunca". "� impressionante. Os adubos continuaram a subir 50 por cento, bem como os combust�veis, mais de 70 por cento, enquanto os pre�os dos cereais no mercado internacional estáo agora a descer", salientou. Sevinate Pinto destacou que verdadeiramente novo "� a mundializa��o e integra��o" do sistema agro-alimentar no com�rcio global e nas suas organizações internacionais, o que veio trazer novos problemas e grandes mudan�as. "A agricultura requer estabilidade e os pre�os na produ��o são incompatéveis com as cota��es das matérias-primas atingidas nos mercados internacionais, prejudicando e acabando com produtores agr�colas", salientou. Actualmente h� 850 milhões de pessoas com fome no mundo – metade agricultores – e a crise alimentar acrescentou mais 80 milhões, o que "� impens�vel no s�culo XXI", lamentou. "Mais de 100 milhões de pessoas voltaram � linha da pobreza extrema, vivendo com um d�lar por dia", salientou. Os especialistas manifestaram-se preocupados com a especula��o nos mercados internacionais, e disseram que os países menos desenvolvidos, mas com maior área de solo ar�vel e �gua, caso do Brasil, e de alguns em �frica tornaram-se mais proteccionista no que respeita � produ��o de bens agr�colas, sobretudo cereais. Consideraram Também que os Estados Unidos, ao permitirem produzir grandes quantidades de milho para produ��o de etanol, acentuaram a crise alimentar, sobretudo nos países mais pobres. Por sua vez, Pedro Sampaio Nunes, um dos respons�veis da GeenCyber, consultora do sector energ�tico, considerou que a agricultura no mundo e o seu crescimento não são incompatéveis com a produ��o de biocombust�veis, afirmando que a soja, rica em prote�nas, poder� simultaneamente ser consumida pelas popula��es. "A controv�rsia entre alimenta��o e biocombust�veis não faz sentido", esclareceu. Segundo o antigo secret�rio de Estado da Inovação, j� foi atingido o patamar a partir do qual não � poss�vel produzir mais petr�leo barato. "Da� que sejam competitivos os biocombust�veis como fonte energ�tica alternativa ao petr�leo. H� ainda terra ar�vel suficiente no mundo para produzir, nomeadamente soja e cana-de-a��car e os agricultores podem beneficiar com isso", sublinhou.
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