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– 25-11-2011 |
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Corti�a: Peti��o para que consumidores saibam quais os vedantes que são usados nas garrafas de vinhoA peti��o a apelar que nos r�tulos das garrafas de vinho passe a constar informação sobre o respectivo vedante j� deu entrada no Parlamento, reunindo quase 12.000 assinaturas de produtores e consumidores que reclamam o direito a optarem pela corti�a. O documento refere que se trata de possibilitar ao público uma escolha informada e defende que s� com refer�ncia ao tipo de vedante utilizado em cada garrafa � que os consumidores podem "escolher um produto que seja mais correcto do ponto de vista ambiental e que traga mais-valias socioecon�micas para o país" – numa "discrimina��o positiva" dos vinhos que assim "defendem a biodiversidade dos montados de sobro e diminuem a pegada de carbono". Pedro Borges � o autor da peti��o e, reconhecendo que essa representa uma reivindica��o j� antiga, declarou � Lusa: "Estamos confiantes de que esta proposta vai passar a lei, porque não envolve qualquer tipo de proteccionismo e trata-se apenas de prestar uma informação completa ao consumidor, para que ele fa�a as suas op��es de compra como bem entender". O dinamizador da iniciativa afirma que a maioria dos consumidores portugueses de vinho está consciente das vantagens da rolha natural e terá assim possibilidade de evitar decep��es, como acontece de cada vez que "chegam a um supermercado ou restaurante, escolhem uma garrafa e s� ao abri-la percebem que tipo de vedante ela usava". Sobre a receptividade dos produtores quanto �s eventuais altera��es a implementar nos r�tulos das suas marcas, Pedro Borges admite: "H� uns anos a corti�a tinha uma imagem negativa e muitos produtores quiseram demarcar-se dela. Mas hoje j� perceberam que ela tem vantagens e que a tend�ncia dos consumidores � para valorizar os produtos com corti�a natural". Diogo Albino, gestor da marca "Torre do Frade", que em 2010 desenvolveu uma campanha de marketing valorizando precisamente a rolha de corti�a, reconhece que cada produtor "j� tem a op��o de referir ou não esses dados no r�tulo dos seus vinhos", mas garante: "Ainda muito pouca gente o faz e claro que h� clientes que se sentem defraudados quando chegam a casa e, ao abrirem uma garrafa, descobrem que o vedante era sint�tico". Para esse respons�vel, a legisla��o obrigando a r�tulos mais detalhados não s� permitiria ao consumidor "a escolha informada e consciente a que ele tem direito", como teria Também a vantagem de demonstrar confian�a num dos principais produtos nobre do país. "Temos que dar o exemplo aos produtores de vinho do Chile, da China e de todo o mundo, demonstrando que confiamos na nossa corti�a porque ela � o melhor vedante que existe. Afinal, se um vinho portugu�s usa vedante sint�tico, o que está a dizer � que não confia no produto principal", explica Diogo Albino. Duarte Leal da Costa, director-geral da Herdade da Ervideira, recorda que essa foi "a primeira empresa do mundo a colocar o s�mbolo ‘CorkMark’ nas suas garrafas" e não tem d�vidas de que, na hora da compra, o consumidor faz distin��o "entre uma rolha de corti�a, que � um produto verdadeiramente bom, e outro vedante qualquer, derivado do petr�leo". "não acontecer� com os consumidores de muito vinho, mas os grandes apreciadores, quando escolhem uma garrafa, decidem o grau de �lcool, a capacidade, a origem, as castas e a temperatura. Porque � que s� em rela��o ao que está por baixo da c�psula � que não t�m informação que lhes permita escolher?", admite o empres�rio. Duarte Leal da Costa acredita que os produtores que utilizam vedantes sint�ticos v�o ressentir-se da refer�ncia obrigatéria a esse aspecto nos r�tulos das garrafas, mas defende que em causa está "a postura das pr�prias empresas, que não podem vergar-se a tudo o que dita o mercado, sob pena de perderem personalidade". Como exemplo dessa resist�ncia a favor de um produto que se afirmou "não por moda ou modernice, mas porque � efectivamente muito melhor", o director-geral da Ervideira revela: "Recebemos este ano da Holanda uma encomenda de 80 mil garrafas, na condi��o de serem com ‘screw cap’ [tampa de rosca]. Dissemos-lhe ‘não’. E as garrafas seguiram na mesma, claro que com rolha de corti�a". Fonte: Lusa
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