A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, que abrange os municípios de Braga, Barcelos, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro e Esposende precisa de cerca de 18,4 milhões de euros (ME) para suprir as necessidades de Proteção Civil.
Os dados constam nas conclusões do relatório do Diagnóstico de Necessidades no âmbito da Proteção Civil e Gestão Integrada de Riscos – Cávado 2030, aprovado pelo Conselho Intermunicipal da CIM Cávado e hoje divulgado.
“A auscultação realizada aos corpos de bombeiros e serviços municipais de Proteção Civil permitiu identificar as suas principais necessidades que totalizam cerca de 18,4 milhões de euros, dos quais 11 ME estimam as necessidades das corporações de bombeiros e 7,5 ME as dos Serviços Municipais de Proteção Civil”, concluiu a CIM Cávado.
Segundo o relatório, “o maior investimento em termos de necessidades é representado pelos veículos, nas corporações de bombeiros (6,8 ME), e pelas intervenções nas instalações (5,2ME) nos Serviços Municipais de Proteção Civil”.
“Todas as corporações de bombeiros manifestaram os veículos e os equipamentos individuais como necessidades a suprir”, indica a CIM Cávado.
De acordo com o relatório, entre os veículos mais sinalizados como necessários, destacam-se os veículos elétricos de transporte de doentes não urgentes, os veículos ligeiros de combate a incêndio, os veículos tanque táticos e os veículos florestais 4×4 todo o terreno.
“Sendo a antiguidade, o desgaste e a inexistência dos mesmos, as principais razões apontadas para a justificação da necessidade. A formação e a capacitação, não sendo a necessidade mais significativa em termos de valor financeiro, são [também] manifestadas por todos os Serviços Municipais de Proteção Civil”, refere esta entidade nas conclusões do relatório.
Em comunicado, a CIM Cávado acrescenta que “os equipamentos de proteção individual para incêndios rurais e urbanos, foram identificados, por todas as entidades auscultadas, como uma necessidade e prioridade de aquisição, uma vez que este tipo de equipamento tem desgaste rápido e é indispensável para garantir a segurança dos bombeiros e outros profissionais envolvidos”.
Para o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, distrito de Braga, e coordenador deste diagnóstico no âmbito do Conselho Intermunicipal da CIM Cávado, “a Proteção Civil é uma matéria de elevada responsabilidade que exige um compromisso, articulado, entre todos os agentes da Proteção Civil, administração local e governo”.
“Os valores disponibilizados, até ao momento, no âmbito do Norte 2030 são exíguos e tem de ser reforçados por outras fontes de financiamento, europeias ou nacionais. Um cêntimo aplicado na proteção civil e gestão de riscos não é uma despesa infrutífera mas, um investimento em prol da integridade e da vida dos operacionais no terreno e das populações”, adverte Manuel Tibo (PSD), citado no comunicado da CIM Cávado.
O relatório do diagnóstico das necessidades ao nível da Proteção Civil, aprovado pela CIM Cávado, foi enviado à Autoridade Nacional e Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a todas as entidades que participaram na sua elaboração, sendo posteriormente enviado à tutela ministerial após as eleições legislativas de março deste ano, indica ainda a CIM Cávado no comunicado.