O CiB – Centro de Informação de Biotecnologia lançou um concurso nacional sobre Novas Técnicas Genómicas (NTG), destinado a alunos de licenciatura do Ensino Superior com formação na área da Biologia, Bioquímica ou afins. Esta iniciativa tem como base o «desenvolvimento de um trabalho» e «pretende estimular a divulgação rigorosa das vantagens do uso destas tecnologias, em particular no que respeita a mutagénese dirigida e a cisgénese», e os trabalhos podem ser submetidos até ao dia 7 de Junho próximo.
Segundo o CiB, os alunos podem concorrer alunos em grupos de três e «os trabalhos devem descrever sucintamente a base tecnológica da mutagénese dirigida e cisgénese, bem como potenciais vantagens, riscos eventuais e diferenças face a outros OGM [organismo geneticamente modificados]». O grupo classificado em primeiro lugar terá a oportunidade de conhecer o centro de inovação em sementes hortícolas da Syngenta, em Almería, Espanha, e os primeiros, segundos e terceiros classificados terão oportunidade de fazer uma apresentação oral sobre o trabalho na Academia de Ciências de Lisboa, em Julho de 2024, no âmbito de uma sessão de divulgação de NTG.
Os cinco primeiros classificados vão ser distinguidos com menções honrosas. Pode consultar mais detalhes no regulamento do concurso, disponível aqui.
O Centro de Informação de Biotecnologia lembra que, «em Abril de 2021, a Comissão Europeia publicou um estudo sobre NTG, com o objectivo de esclarecer a posição da União Europeia sobre a tecnologia e reconheceu que o enquadramento jurídico atcual que rege as NTG é insuficiente para se poder usufruir dos benefícios dessa tecnologia». A Comissão Europeia «salientou que os produtos NTG têm o potencial de contribuir para sistemas agroalimentares sustentáveis, de acordo com os objectivos do Acordo Verde Europeu e da Estratégia Farm to Fork», diz o CiB, acrescentando que «a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) também apontou que as variedades obtidas por meio de NTG têm essencialmente o mesmo perfil de risco que as variedades de plantas produzidas por melhoramento convencional».
O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.