A produção das culturas forrageiras registou quebras que rondam os 50% no Alentejo. A insuficiência de disponibilidades para os efetivos pecuários levou um aumento na procura de alimentos conservados, como fenos, silagens ou palhas que, no atual cenário de escassa oferta, passaram a custar o dobro do ano passado.
A atual campanha cerealífera de outono/inverno “deverá ser das piores” devido “ao decréscimo das áreas e às reduzidas produtividades” em mais um ano de seca que atinge 99,9% do território de Portugal continental, com 35,2% em seca severa ou extrema, indicam as previsões agrícolas, em 31 de maio, divulgadas, esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A ausência de precipitação na primavera, associada a elevadas temperaturas, interferiu, de forma muito negativa, no ciclo vegetativo dos cereais praganosos de sequeiro”, como o trigo (mole e duro), centeio, cevada, aveia e triticale, explica o INE, dando conta de que, o regadio, os cereais “também deverão ter quebras de produtividade, às quais se associa o aumento de custos resultantes da necessidade de incremento das regas”.
As pastagens e forragens também foram “consideravelmente afetadas” – com a produção das culturas forrageiras a registar quebras que rondam os 50% no Alentejo – afigurando-se “insuficientes para assegurar a alimentação […]