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– 10-10-2002 |
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BSE / Farinhas : � poss�vel eliminar 80 mil toneladas no máximo num ano (Quercus) Coruche, Santar�m, 09 Out Rui Berkemeier, do Centro de Res�duos da Quercus, sublinhou hoje as vantagens de um projecto que permite, por um processo biol�gico, fazer o tratamento dos res�duos resultantes do combate � BSE através de digestáo anaer�bia, produzindo biog�s, essencialmente constitu�do por metano, que pode ser utilizado para produzir energia através de um gerador. O projecto piloto que se encontra a funcionar na ITS, ind�stria transformadora de subprodutos animais instalada na Lamarosa (Coruche) e uma das duas unidades que no país transforma materiais de alto risco, foi desenvolvido por uma empresa privada portuguesa, a Atlas Seis. Desde finais de Julho que a unidade instalada pela Atlas Seis na ITS degrada diariamente, através de uma cadeia de bact�rias, 200 quilos de farinhas animais, produzindo energia suficiente para alimentar uma parte da f�brica. Rui Berkemeier sublinhou que o interesse deste projecto � que através de um processo de digestáo anaer�bia e de produ��o de biog�s se consome uma unidade de energia para produzir cinco, uma das quais � gasta no pr�prio processo para aquecer o meio onde vivem as bact�rias que v�o tratar a matéria org�nica. "As outras quatro unidades podem ser vendidas para a rede, reduzindo assim o consumo de energias f�sseis e a nossa depend�ncia energ�tica em rela��o ao exterior", disse. "� um processo muito econ�mico e quase a custo zero quando comparado com outros como a incinera��o, além de ser bastante limpo, com emissões praticamente nulas, basicamente de di�xido de carbono e �gua que são libertados para a atmosfera", afirmou. No seu entender, os milhares de toneladas de farinhas resultantes do combate � BSE actualmente espalhadas por uma s�rie de armaz�ns podem ser praticamente todas eliminadas através deste processo, não numa �nica unidade, "que nem seria bom", mas em várias, instaladas junto a f�bricas ou a matadouros. Para o dirigente da Quercus, os ganhos econ�micos do processo podem torn�-lo "extremamente competitivo, em particular em rela��o � incinera��o", além de ser, de entre todos os que a associa��o conhece, o que � "mais r�pido" por ser "mais f�cil de licenciar, mais f�cil de instalar e o que requer menos investimentos e d� mais lucro". "Os custos para o país são neste momento de 50 milhões de euros (10 milhões de contos) por ano. Com este processo poder�amos reduzir substancialmente estes custos" e Também a quantidade de res�duos, cujo volume final � de 5 a 10 por cento do volume inicial, afirmou. Vagos Martins, da Atlas Seis, disse � Agência Lusa que a ideia do projecto lhe surgiu quando, em Março de 2001, ouviu dizer que as farinhas animais estavam a ser um problema para o país e soube que eram constitu�das por prote�nas e gordura, "o ideal para produzir biog�s". Tr�s meses depois do arranque do projecto em Coruche, "j� h� resultados objectivos atingidos", pelo que, disse, será f�cil transpor para uma escala de consumo de farinha bastante superior. Tal como a Quercus, que ajudou a sua empresa a desbloquear uma s�rie de situa��es para que pudesse finalmente, no in�cio deste ano, iniciar a instala��o do projecto, Também Vagos Martins defende a op��o por pequenas unidades junto �s f�bricas que fazem a transforma��o de subprodutos e dos pr�prios matadouros, evitando o transporte. Segundo dados da Quercus, neste momento existem 17 unidades a transformar subprodutos de aves e 10 de mam�feros, algumas das quais em matadouros. além da ITS Também a Lu�s Leal, em S. Jo�o da Madeira, transforma materiais de alto risco. Vagos Martins disse � Lusa que através do processo que desenvolveu cada tonelada de farinha representa uma mais valia de 15 euros quando o país está a gastar actualmente 40 euros por cada tonelada de farinha de que se quer ver livre. A f�brica que acolheu o projecto foi a mesma que foi alvo de grande contesta��o devido aos graves problemas ambientais que provocou quando foi escolhida pelo governo para o programa de erradica��o da BSE. Com várias ordens dos tribunais para encerrar e outras tantas do governo para reabrir, a ITS acabou por fazer vultuosos investimentos em 2000, que aparentemente reduziram drasticamente os impactes ambientais negativos na regi�o.
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