|
|
|
|
|
– 12-09-2002 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Brucelose : Propriet�ria de vacas abatidas acusa ministério de matar animais sãosLisboa, 11 Set Os animais, residentes numa herdade no concelho de Penamacor, foram abatidos por alegadamente estarem contaminadas com brucelose, mas a propriet�ria, Palmira Gon�alves, denuncia a aus�ncia de qualquer análise positiva � brucelose nos animais e classifica de "ilegal" o abate dos bovinos. Os animais pertenciam � Herdade da Cancela da Mata e foram, h� algumas semanas, objecto de cr�ticas dos vizinhos da propriet�ria que a acusaram de deixar os animais "invadirem" as propriedades por alegadamente estarem a passar fome. Palmira Gon�alves foi mesmo obrigada a refugiar-se na Junta de Freguesia para fugir � ira dos agricultores vizinhos, que responsabilizaram os seus animais por preju�zos diversos nas culturas. Animais que, teráa-feira, foram abatidos no Matadouro Beira Alta, na Guarda, cumprindo assim uma decisão de abate da totalidade do efectivo proferida pela Direc��o-Geral de Veterin�ria" (DGV), organismo que assegura estar o gado "infectado com brucelose". No mandato de busca e apreensão, a que a Agência Lusa teve acesso, o magistrado do Ministério público manda a realiza��o da busca "com vista � apreensão de todos os animais de ra�a bovina" e, "se necess�rio, com recurso � for�a pública". Os animais foram sequestrados na manh� de segunda-feira. A propriet�ria, em declarações � Lusa, assegura que os animais não estavam doentes, ao contrário do que afirma o director-geral de Veterin�ria, Francisco Carmo Reis. � Lusa, Francisco Carmo Reis explicou que este � "um processo antigo". Segundo contou, em 2000, no ambito dos programas de erradica��o das doen�as dos animais, os bovinos de Palmira Gon�alves foram rastreados e identificados quatro animais com leucose (doen�a que afecta os vasos linf�ticos). Os animais foram abatidos e, mais tarde, em 2001, no ambito da recolha serol�gica que, anualmente, � feita aos animais, identificados quatro bovinos positivos � leucose e dois � brucelose. Com a positividade � brucelose, foi decretado sequestro sanit�rio, o qual, segundo Francisco Carmo Reis, "não foi cumprido pela propriet�ria". O director-geral de Veterin�ria confirma a decisão do abate da totalidade do efectivo, até porque, avanãou, as análises deram positivo e o sequestro não foi respeitado. Um esclarecimento completamente refutado por Palmira Gon�alves que acredita serem as análises em seu poder suficientes para provar que "os animais não estavam doentes e que o processo de abate foi ilegal". Numa coisa a propriet�ria dos malogrados animais e o director-geral de Veterin�ria estáo de acordo: o n�mero de animais abatidos até teráa-feira. Ou seja, dez. No entanto, segundo a versão de Palmira Gon�alves, os tr�s primeiros bovinos foram abatidos em Maio de 2001, por numa análise inicial – "não confirmada por análises definitivas" – indicar leucose. De facto, o "boletim de necr�psia" (aut�psia) efectuada a estes animais, e a que a Lusa teve acesso, não revela qualquer positividade � leucose. Posteriormente, e resultante de análises efectuadas em Outubro de 2001, foram levados sete animais: seis mais um que, no anterior abate, tinha ficado por abater. Este abate, segundo Palmira Gon�alves, encerra numa s�rie de ilegalidades, j� que "os animais não estavam sob sequestro, não foram identificados quando transportados por abate e nunca os alegados resultados positivos � brucelose foram confirmados por exames mais sofisticados e definitivos". Também o exame p�s-mortem a estes sete animais, não revelou resultados definitivos sobre a presença do agente da brucelose. Mas foram suficientes para a Direc��o-Geral de Veterin�ria decidir pelo abate do total do efectivo, o que aconteceu na manh� de teráa-feira. Os animais foram sequestrados na manh� de segunda-feira e, desde ent�o, envidados esfor�os da propriet�ria para evitar o abate, apoiada no presidente da Associa��o de Interven��o no Mundo Animal (Animal), Artur Mendes. Artur Mendes esteve reunido na noite de segunda-feira com o director do matadouro para tentar protelar a decisão do abate dos animais, tendo-se este �ltimo comprometido a "pagar todos os custos" pela estrutura estar parada, segundo disse � Lusa o presidente da Animal. "O nosso objectivo foi tentar adiar para as 12:30 o abate dos animais, altura em que j� teráamos esclarecido com a Direc��o Geral de Veterin�ria o que s� pode ter sido um engano", acrescentou. Isto porque, segundo garante a propriet�ria e Artur Mendes, os animais não foram analisados e, portanto, "nunca se poderia ter chegado � conclusão de que os mesmos estavam infectados". Mas, "apesar do compromisso de s� abater os animais ap�s as 12:30, por volta das 09:30 j� todos os bovinos tinham sido mortos", lamentou Artur Mendes, que garante ir para os tribunais resolver este assunto. Uma via que Também foi escolhida por Palmira Gon�alves que considera estar a ser "perseguida" pelo Ministério da Agricultura e promete ir "até �s últimas consequ�ncias" para provar que os animais não estavam doentes e, por isso, não podiam ter sido abatidos.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |