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– 11-08-2004 |
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Bragança : Loja do cidadão para agricultores em "Casa do Lavrador"Bragança, 10 Ago A promotora deste empreendimento, orçado em 850 mil euros, é a Câmara de Bragança, que assinou hoje protocolos com nove associações do sector para a cedência de instalações no novo edifício. Estas associações passam a partilhar a "Casa do Lavrador", comparticipando apenas nas despesas de manutenção do edifício, segundo explicou o presidente da Câmara, Jorge Nunes. "Os agricultores são os principais beneficiados porque passam a dispor de uma espécie de loja do cidadão, onde encontram as várias associações com as quais tratam uma variedade significativa de problemas, desde a formação aos subsídios ou informação", afirmou. A inauguração está marcada para 21 de Agosto, o dia que o município dedica aos agricultores e em que o novo edifício abrirá as portas, oferecendo ainda espaços para venda de produtos regionais, um restaurante e um auditório. O autarca explicou que "o objectivo da Câmara, com este espaço, não é recuperar investimento, nem sequer cobrir as despesas de funcionamento, mas estimular o sector agrícola". "Achamos que com este investimento e com a actividade aqui gerada se presta um serviço social à agricultura do nosso concelho e também ao país, porque se os agricultores da nossa região se mantiverem na actividade há uma maior garantia de preservação da qualidade ambiental e paisagística e de que os fogos não progridem com tanta facilidade", declarou. Para Jorge Nunes, "apesar das dificuldades que os agricultores das zonas interiores do país enfrentam, e de não constarem praticamente no discurso político a nível nacional, é inquestionável que a agricultura tradicional não vai acabar e é também um sustentáculo da actividade económica". "Há uma década, as associações não tinham praticamente técnicos, hoje não há nenhuma que não se faça acompanhar dos seus técnicos, e é com esta realidade nova que nós pensamos que a agricultura também vai rejuvenescer e dar mais um salto no sentido de assegurar a presença da actividade humana no espaço rural", considerou. O investimento da autarquia é também motivo de expectativa para as associações agrícolas, mas, na opinião de Mário Pereira, da Associação Norte Agrícola, só com "boa-vontade do poder central" será possível resolver o principal problema, que é o da colocação dos produtos regionais no mercado. "Vamos fazendo agricultura de qualidade, mas sem possibilidade de concorrer com outros produtos que nos aparecem diariamente no mercado", afirmou. Com a "Casa do Lavrador" e o matadouro municipal, em funcionamento há já alguns anos, o presidente da Câmara disse ter concretizado já dois de três compromissos assumidos com a lavoura do concelho. Segundo disse, falta agora o mercado de gado e "touródromo", que se encontra em fase de estudo prévio e que, além de acabar com a deslocação dos produtores a outras feiras da região, vai criar um espaço próprio para a realização das tradicionais lutas de touros. Este projecto ainda não tem data para execução nem orçamento definido, existindo apenas um local para a sua implantação, que o autarca não revelou.
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