“Houve aquele célebre despacho que determinou que uma série de barragens deixasse de turbinar. Agora, pelos vistos, há água com fartura”, observa o Professor Catedrático Clemente Nunes.
A chuva tem dado poucas tréguas aos portugueses e, por isso, algumas barragens estão cada vez mais próximas da capacidade máxima: algo que contraria claramente a situação de escassez de água que se vivia no verão, quando a seca era um flagelo que parecia não cessar. André Fernandes, comandante nacional da Proteção Civil, disse que “o período crítico desta precipitação” terá começado ao final do dia de ontem, constituindo a sua “altura crítica” a “madrugada de dia 20, terça-feira”.
“Ficaram-me uma série de dúvidas. Há várias barragens concessionadas e não é claro como essas concessões permitem a gestão por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Esta fica numa posição complicada. Produzir eletricidade é um negócio da EDP, da Iberdrola, da Engie e de outras empresas. Quando se dá ordem para turbinar, tem de haver consenso”, começa por salientar Clemente Pedro Nunes, referindo-se à notícia do Expresso cujo título é “Mau tempo: vem aí nova carga de água e para prevenir inundações a APA esvazia barragens em cascata”.
“Houve aquele célebre despacho, de fevereiro, que determinou que uma série de barragens deixasse de turbinar. Agora, pelos vistos, há água com fartura. Sempre foi […]