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– 28-04-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Barragem de Odelouca: Ambientalistas criticam "luz verde" de BruxelasFaro, 28 Abr Em comunicado, a associa��o ambientalista questiona as alegadas "raz�es imperativas de reconhecido interesse público" invocadas pela Comissão para desbloquear as verbas comunitárias, garantindo que tais raz�es não estáo comprovadas . Quarta-feira, o Jornal de Neg�cios garantia que Bruxelas desbloqueou o financiamento para a barragem, ap�s um contencioso de tr�s anos com a Comissão Europeia, que cortou em 2003 as verbas precisamente devido a uma queixa da LPN. O Jornal adiantava que o Governo convenceu Bruxelas que vai compensar os danos ambientais provocados pela obra e que Portugal vai recuperar assim o financiamento para cerca de 80 por cento dos 40 milhões de euros necess�rios para concluir a obra suspensa desde 2003. "Para a LPN, [o] imperativo interesse público não está ainda comprovado, j� que existem alternativas vi�veis, mais econ�micas e sustent�veis, que não foram devidamente equacionadas", frisa a LPN, que evoca o exemplo da explora��o do aqu�fero Queren�a/Silves. Tal alternativa, associada a uma pol�tica sustent�vel de utiliza��o da �gua, "garantiria que este recurso [a �gua] não escasseasse no Algarve", assevera a Liga. Sustenta ainda que, "mesmo para responder a consumos mais irrespons�veis de �gua", existem solu��es mais econ�micas e ambientalmente mais aceit�veis, como � o caso do transporte de �gua da Barragem de Santa Clara, no Baixo Alentejo , para a esta��o de tratamento de Alcantarilha. Lamenta a LPN que tal solu��o s� esteja prevista ap�s a conclusão da Barragem de Odelouca "e numa perspectiva de aumentar ainda mais os consumos, em vez de uma l�gica de utiliza��o racional de um recurso natural escasso". A associa��o considera que a constru��o da estrutura não solucionar� o problema da falta de �gua, "sendo antes uma forma de criar uma oferta de �gua adicional, disponibilizando a �gua do aqu�fero Queren�a/Silves e das outras albufeiras para a agricultura". Tal solu��o, acrescenta a LPN, terá "consequ�ncias graves na qualidade da �gua, uma vez que, sendo uma zona de calc�rios, rapidamente a �gua com agroqu�micos � escoada, contaminando o lenãol fre�tico". A LPN reitera a sua posi��o sobre a destrui��o dos habitats naturais que, sustenta, trar� a infra-estrutura, minando "uma das áreas de floresta ribeirinha mais importantes do Algarve, numa das poucas ribeiras portuguesas que ainda está intacta e com o seu curso de �gua sem infra-estruturas hidr�ulicas". "E esta destrui��o não será para abastecimento das popula��es, mas sim para o desenvolvimento de actividades econ�micas que não fazem um uso sustentado da �gua com a incorpora��o dos custos associados", observa a Liga. O comunicado, assinado pela direc��o nacional da LPN, lamenta "a ced�ncia das instituições europeias que optam por apoiar a solu��o mais f�cil", contribuindo para "aumentar o descr�dito e a fragilidade destas instituições no que respeita � protec��o do ambiente".
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