A construção da barragem levou décadas a concretizar-se, mas acabou por mudar a vida dos alentejanos e gerou emprego para 15 mil pessoas
“Éramos um território pobre e sem esperança no final dos anos 90 do século passado e agora somos um território rico, em que se acredita, e que ainda tem muito a dar à economia nacional.”
A frase é de Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, que cumpre o seu segundo mandato à frente da autarquia alentejana. Acompanhou de perto uma grande parte do processo que levou à construção da barragem de Alqueva e foi um dos jovens que, em abril de 1994, saiu com mais alguns amigos de um acampamento da Juventude Socialista, que então decorria em Pedrógão, para pintar uma curta, mas marcante, frase no muro da ensecadeira erguido em 1976 — para desviar as águas do Guadiana e, assim, dar andamento às obras da barragem. […]