Líder do PS diz que Portugal vai ter, nos próximos sete anos, o”dobro” de fundos comunitários para investimento, considerando “uma oportunidade única” que não pode ser desperdiçada
O líder do PS, António Costa, afirmou hoje que Portugal vai contar, nos próximos sete anos, com “o dobro” de fundos comunitários para investimento, considerando que esta “é uma oportunidade única” que não pode ser desperdiçada.
“Vamos ter a oportunidade de ter, nos próximos sete anos, em média, para investir o dobro do que tivemos, em média, para investir desde que aderimos e até agora à União Europeia”, frisou o também primeiro-ministro, em Portalegre.
António Costa, que falava na sessão de apresentação da candidatura do PS à Câmara de Portalegre, liderada por Luís Moreira Testa, sublinhou que “esta é daquelas situações em que não há mesmo uma segunda oportunidade”.
“É uma oportunidade única e, se a desperdiçarmos, nunca nos poderemos perdoar a nós próprios e aqueles que são as próximas gerações nunca nos perdoarão se não cumprirmos”, insistiu.
O secretário-geral socialista assinalou que estes recursos financeiros da União Europeia foram disponibilizados para fazer face “à necessidade de responder, à escala europeia, à crise gerada pelo covid-19”.
Nesse sentido, advertiu, “é absolutamente essencial ter à frente das autarquias quem tenha uma visão clara da estratégia para a sua região e a ambição de que cada região seja um motor do desenvolvimento do conjunto do país”.
Costa salientou que “na política não há caminhos sem surpresas” e que, agora, existe “uma pandemia que ninguém imaginou” que pudesse surgir, mas recusou “atirar a toalha ao chão” ou “baixar os braços”.
Considerando que é preciso “encontrar forças redobradas para continuar a fazer” o que estava previsto e “ainda fazer o que se tornou necessário para combater a pandemia”, o líder do PS apelou a “uma mobilização nacional” para a recuperação do país.
“Se o temos feito para combater a pandemia, vamos seguramente ter o mesmo espírito de unidade, de mobilização e de sentido coletivo e solidário no processo de recuperação do país”, acrescentou.
Na sua intervenção, entre elogios ao candidato do PS, António Costa afirmou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem “as verbas necessárias para fazer, de uma vez por todas, a Barragem do Pisão”, no concelho do Crato, distrito de Portalegre.
Já o candidato socialista à Câmara de Portalegre, Luís Moreira Testa, apresentou as suas principais propostas para o concelho, destacando a criação de postos de trabalho, ao dizer por três vezes seguidas a palavra “emprego”.
“Esse é um fator decisivo que faz com que os nossos jovens fiquem em Portalegre e que outros encontrem em Portalegre o seu local para viver e trabalhar”, realçou.
A atração de novas indústrias, cuja área está na “génese” da cidade, a criação de uma nova zona de acolhimento empresarial exclusiva para empresas tecnológicas e dinamizar “uma cidade de cultura” são outras das apostas de Luís Moreira Testa.
O município de Portalegre é liderado por Adelaide Teixeira, eleita pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), que já anunciou a sua recandidatura para tentar conquistar um terceiro mandato.