|
|
|
|
– 16-08-2012 |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
Assim, a rola-brava pode desaparecer!A ca�a abre no próximo domingo dia 19, sem quaisquer medidas para a protec��o da esp�cie. A rola-brava está a desaparecer em Portugal e na Europa. Mas em Portugal � poss�vel matar 6 rolas-bravas por jornada de ca�a durante seis semanas, j� a partir do próximo domingo dia 19. A SPEA marcou 2012 como o ano da rola-brava, chamando a aten��o para a necessidade urgente de ac��es efectivas de conserva��o, a come�ar pela suspensão tempor�ria da sua ca�a. Nos �ltimos 20 anos, a popula��o da rola-brava (Streptopelia turtur) da Europa diminuiu 70%. Segundo o Esquema Pan-Europeu para a Monitoriza��o de Aves Comuns, por cada 100 rolas existentes em toda a Europa em 1980, actualmente existem apenas 30. Em Portugal a situa��o agrava-se cada vez mais, e s� entre 2004 e 2010 as popula��es nacionais registaram uma diminui��o média de mais de 30%, sendo a �nica esp�cie do Censo de Aves Comuns (dados da SPEA) que se encontra em decréscimo acentuado. A SPEA pede aos ca�adores que se abstenham de ca�ar rolas-bravas nesta �poca venatéria e a toda a sociedade que se informe e reflicta sobre o assunto. A SPEA acredita que s� estando na linha da frente da defesa das especies cineg�ticas e da gestáo respons�vel deste recurso poderemos garantir que no futuro se possa continuar a ca�ar. Existe uma Plano de Gestáo da União Europeia para a Rola-brava, ao abrigo da Directiva Aves. Este plano prev� medidas essenciais e urgentes como a publicação anual de estatésticas de ca�a cred�veis, o desenvolvimento de um modelo populacional preditivo para calcular o abate anual sustent�vel, o estudo do sucesso reprodutor e da mortalidade invernal e dos factores que os afectam. Apesar do Plano de Gestáo estar em vigor desde 2006, Portugal nada tem feito para o aplicar. As organizações do sector da ca�a reconhecem a gravidade do problema da rola-brava, mas continuam a opor-se � tomada de medidas que consideram desfavor�veis para a sua actividade, e estáo dispostos a fazer muito pouco para reverter a situa��o. Em sede da revisão do Calend�rio Venatério, a SPEA e as outras ONGAs pediam uma suspensão da ca�a � rola durante tr�s anos, acompanhada de uma investiga��o cient�fica �s causas da diminui��o. O Secret�rio de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, que Também tutela a conserva��o da natureza, concedeu um adiamento de quatro dias no in�cio da ca�a � esp�cie e uma redu��o no limite di�rio de abate de 8 para 6 aves. A �poca venatéria vai ter in�cio j� no próximo domingo dia 19 de Agosto e, durante seis semanas, cada ca�ador poder� matar seis rolas-bravas por jornada de ca�a. Os n�meros dispon�veis, pouco precisos, indicam que pelo menos dois milhões destas aves são ca�adas anualmente em toda a Europa. Na presente �poca, mesmo que apenas 10% dos ca�adores nacionais v� ca�ar rolas apenas duas vezes e mate apenas metade do permitido por lei, teremos um abate de 90.000 destas aves. Face � situa��o da rola-brava, uma taxa de abate desta envergadura, em Portugal e nos outros países onde se pode ca�ar, poder� levar a esp�cie � extin��o, que se encontra j� cientificamente prevista em países como o Reino Unido. A SPEA vai continuar a trabalhar junto da tutela e das organizações do sector, em prol de uma mudan�a no sentido do rigor e da responsabilidade na gestáo da ca�a. � urgente suspender a ca�a � rola-brava, e trabalhar para que outros países fa�am o mesmo. Domingos Leit�o, Coordenador do Programa Terrestre da SPEA, afirma que �a gestáo da ca�a, como recurso natural, diz respeito a toda a sociedade civil e não apenas aos ca�adores�. �Todos n�s, ca�adores e não ca�adores, incluindo os cientistas e os jornalistas, devemos discutir seriamente o assunto da rola-brava e pedir � tutela que tome as medidas necess�rias�. A rola-brava foi escolhida no passado m�s de Janeiro pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) para Ave do Ano 2012. Com esta campanha, a SPEA pretende obter uma moratéria na ca�a � rola-brava em Portugal, por um período de tr�s anos, para que possam ser estudadas as causas precisas do seu desaparecimento.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2012. Todos os direitos reservados. |