O documento propõe uma avaliação sobre a população migrante a gestão de água e a compatibilização entre a produção agrícola e a sustentabilidade ambiental e social.
Os alertas lançados em Maio pela Assembleia Municipal (AM) de Odemira à Assembleia da República (AR), sobre a situação social e ambiental resultante do modelo agrícola implantado no perímetro de rega do Mira, tiveram resposta através de uma recomendação ao Governo, em que se pede uma avaliação mais atenta dos problemas.
Através de nota divulgada esta manhã, a Câmara de Odemira refere que a AR recomendou ao Governo através da Resolução n.º 254/2021, que este proceda à realização de estudos que “prevejam os efeitos cumulativos das actividades económicas desenvolvidas na área do Perímetro de Rega do Mira e no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), sobre os ecossistemas e habitats afectados, água superficial e subterrânea, solos, qualidade do ar e saúde humana”. E que a análise que venha a ser efectuada inclua cenários alternativos de “longo prazo para o futuro do território”.
A resolução da AR recomenda ainda a “elaboração de um plano de exploração da albufeira de Santa Clara que, face às situações de escassez, defina os níveis de exploração e reserva de água para os diferentes usos, e um plano de eficiência e gestão hídrica do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira que tenha em conta factores sociais, ambientais e económicos”.
A dimensão do problema social resultante dos fluxos migratórios descontrolados mereceu igualmente as preocupações da AR, que pretende do Governo a garantia de “uma abordagem abrangente e multidisciplinar, com o […]