Face à situação atual, o Governo considera “necessário acionar mecanismos que permitam um planeamento seguro e articulado das reservas existentes”.
Com o agravamento da seca meteorológica que se verifica desde novembro do ano passado e sem previsão de chuva, o Governo entrou agora em campo. Esta terça-feira anunciou um conjunto de medidas que visam enfrentar e mitigar os efeitos da seca.
Para encontrar uma situação equivalente à atual é necessário recuar até 2005. No mês de janeiro “todo o território [estava] em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”, segundo o relatório de monitorização da seca em Portugal, divulgado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Com estas condições meteorológicas não é possível “a reposição dos volumes armazenados nas albufeiras e nas águas subterrâneas, tal como é natural acontecer depois do período de verão”, lê-se no comunicado conjunto do ministérios da Agricultura e Ambiente. Por outro lado, as previsões indicam que em fevereiro “não haverá precipitação significativa”.
Os armazenamentos por bacia hidrográfica, exceto nas do Douro, Vouga, Guadiana e Arade, “apresentam-se inferiores à média de 1990/91 a 2020/21”. Das 60 albufeiras monitorizadas, 11 estão com níveis de armazenamento acima dos 80% e 15 com níveis inferiores a 40% do volume total.
Face à situação atual, o Governo considera “necessário acionar mecanismos que permitam um planeamento seguro e articulado das reservas existentes”.
De forma a salvaguardar o abastecimento público, foram definidas cotas e volumes de água a partir da qual outros usos podem ficar condicionados, quer seja a produção de energia ou a rega.
Desta forma, […]