No âmbito de uma formação sobre boas práticas de pulverização em tomate indústria, a Syngenta apresentou os resultados de um ensaio de pulverização realizado em 2021 numa seara de tomate do grupo Sogepoc, no campo de Vila Franca de Xira.
“Este ensaio permite concluir que as condições meteorológicas e a velocidade de avanço são determinantes na eficácia da pulverização e que a redução de 25% no volume de calda não afeta a eficácia do tratamento anti míldio”, afirma a secretária-geral do COTHN, Maria do Carmo Martins, acrescentando que os resultados do ensaio devem ser validados para outras zonas produtoras de tomate.
O ensaio testou a eficácia de tratamentos anti míldio com dois volumes de calda (400L/ha e 300L/ha), à dose de fungicida recomendada no rótulo, usando bicos anti-deriva, e aplicação a diferentes horas do dia. Os tratamentos foram realizados 30 a 40 dias após a plantação do tomate.
Concluiu-se que, nas condições meteorológicas de Vila Franca de Xira, a eficácia do tratamento mantém-se com o volume de calda de 300L/ha, com ganhos de eficácia na logística das operações (maior área tratada em menos tempo, menor consumo de combustível).
“Os tratamentos realizados no início da manhã e ao final da tarde (quando a velocidade do vento é menor), garantem maior taxa de cobertura das plantas. Por outro lado, a redução da velocidade de avanço do trator de 9 km/h para 7,5 a 8 km/h e a utilização de manga de ar na barra do pulverizador permitem uma maior uniformidade na distribuição da calda sobre o alvo a tratar”, notam a Syngenta, em comunicado.
A formação, que reuniu a Syngenta, o Ag-innov- Centro de Excelência da Sugal, o COTHN- Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional e o Smart Farm Colab, teve como propósito “formar os agricultores para uma aplicação segura e eficaz dos produtos fitofarmacêuticos, explica o Técnico Gestor Conta Cliente da Syngenta no Ribatejo, Nuno Zibaia.
O dia de campo incluiu uma demonstração prática de calibração de um pulverizador de barras numa parcela de tomate indústria, com pulverização com e sem manga de ar, e monitorização da taxa de cobertura a três alturas das plantas com papéis hidro sensíveis.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.