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– 13-03-2003 |
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Alimenta��o : Duas semanas depois, origem dos nitrofuranos está por desvendarLisboa, 12 Mar Por seu lado, os consumidores t�m hoje praticamente a certeza de que j� comeram aves contaminadas, embora continuem a desconhecer as marcas sob as quais são comercializados os frangos, perus e codornizes das mais de 40 explora��es onde foi encontrado nitrofurano. Mas o Ministério da Agricultura tem-se recusado a dar resposta a esta questáo, apesar de o ministro Sevinate Pinto ter j� afirmado que todos os produtos de explora��es que usaram nitrofuranos estáo a ser retirados do mercado. Mesmo com estas garantias, o sector av�cola está em crise, com a produ��o a cair mais de 60 por cento e o consumo nos restaurantes com quebras superiores aos 80 por cento. Os avicultores t�m-se manifestado contra a actua��o do Ministério da Agricultura, que numa primeira fase se escusou a divulgar qualquer um dos nomes das explora��es que usaram nitrofuranos, alegando segredo de justi�a. Agora, com alguns dos nomes dos avi�rios j� conhecidos, a associa��o que representa os produtores de aves reclama de Sevinate Pinto medidas para "descansar os consumidores" e "não penalizar todo o sector". Também os industriais de ra��es para animais estáo a ser arrastados por esta crise e estimam uma quebra de factura��o na ordem dos 200 milhões de euros durante o próximo ano. Rejeitam as acusa��es de que os nitrofuranos encontrados em produ��es de aves estejam na alimenta��o produzida em Portugal, mas Também não arriscam apontar claramente outra origem. Por seu lado, a Ordem dos M�dicos Veterin�rios tem reclamado do Ministério da Agricultura medidas para evitar a administração de antibi�ticos sem receita m�dica e tem alertado para a exist�ncia de um mercado negro do medicamento para animais. Os pr�prios produtores admitem que esta "candonga" existe e chama a aten��o para produtos vindos de outros países da União Europeia, sobretudo de Espanha. Durante estas duas semanas de crise no sector das aves, a boa notícia veio de Bruxelas, onde a União Europeia (UE) decidiu não haver raz�es para impor um embargo � carne de aves portuguesa, ao contrário dos receios manifestados por Sevinate Pinto. Mas quinta-feira, os peritos do Comit� Permanente da Cadeia Alimentar da UE v�o novamente avaliar o caso portugu�s, que prometeram "acompanhar de perto". Um embargo europeu �s aves portuguesas não teria grandes consequ�ncias econ�micas para o sector, uma vez que as exporta��es são muito reduzidas, representando apenas um por cento do que � produzido. Menos de quatro mil toneladas de produtos � base de aves � a quantidade exportada anualmente, em média, por Portugal, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatéstica. No ano passado sa�ram de Portugal 3.881 toneladas de produtos av�colas, sendo Espanha e Angola os países que receberam a maior fatia. Ali�s, Espanha � tradicionalmente o país que mais importa produtos av�colas portugueses, mas � Também um dos que mais abastece Portugal. Embora tendo importado no ano passado quase 12 mil toneladas – quatro por cento do que � produzido – Portugal � praticamente auto- suficiente na produ��o de carne de aves. O sector av�cola portugu�s emprega cerca de 30 mil pessoas e vale 648 milhões de euros por ano. Um sector que foi abalado no dia 26 de Fevereiro, quando o Ministério da Agricultura anunciou ter detectado em 43 aviculturas – que representam 40 por cento do mercado – uma subst�ncia cancer�gena proibida (o nitrofurano). S� alguns dias mais tarde se ficou a saber que as análises que detectaram esta subst�ncia foram realizadas em Outubro, quatro meses antes de o caso ser conhecido. O ministro da Agricultura alegou ter tido "conhecimento da dimensão do problema" apenas um dia antes do an�ncio oficial, mas admitiu saber da detecção de nitrofuranos no dia 28 de Janeiro. Sevinate Pinto adiantou que, quando tomou conhecimento da utiliza��o de nitrofuranos, julgava que a Direc��o-Geral de Veterin�ria (DGV) tinha colocado as 43 aviculturas sob sequestro (impedidas de escoar a mercadoria), como � obrigatério por lei. Como isso não se verificou, decorre um inqu�rito interno na DGV para apurar responsabilidades. Entretanto, Ministério da Agricultura decidiu Também fiscalizar mais 200 explora��es de aves para verificar se utilizam subst�ncias proibidas na sua produ��o, foi anunciado na sexta-feira. Estas 200 aviculturas são, de acordo com o ministério, representativas de todas as explora��es existentes em Portugal. O ministério anunciou ainda a intenção de alargar a outras especies a pesquisa de nitrofurano, a subst�ncia cancer�gena proibida detectada em 43 aviculturas. Isto porque actualmente a tentativa de detectar nitrofuranos abrangia essencialmente explora��es de su�nos e aves. Os nitrofuranos são anti-bacterianos muito potentes que, acumulados no organismo humano, podem ser cancer�genos. Pertencem � lista de subst�ncias que não podem ser usadas na União Europeia na produ��o de animais, mas alguns produtores de aves utilizam ilegalmente este produto para prevenir doen�as e, por vezes, para promover o seu crescimento.
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