O município de Alfândega da Fé vai investir 1,5 milhões de euros na zona industrial para atrair novos investimentos e expandir negócios como o dos frutos secos, uma das principais indústrias do concelho transmontano.
A Câmara Municipal divulgou hoje que assinou, na segunda-feira, o auto de consignação da obra de ampliação e requalificação da zona industrial que, dentro de um ano, permitirá oferecer melhores condições de acesso e criar “22 ou 23 novos lotes”, aumento para mais de 50 o total de espaços destinados às empresas.
O investimento de 1,5 milhões de euros é financiado pelo programa Operacional Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento regional (FEDER), e servirá para “requalificar a zona industrial existente, nomeadamente uma primeira ampliação feita há uns anos mas que não ficou concluída por falta de infraestruturas”, como disse à Lusa o presidente da Câmara, Eduardo Tavares.
A obra será feita por duas fases, com o prazo de um ano, e vai permitir instalar as infraestruturas necessárias em 10 lotes, alguns já entregues, e criar mais 13 lotes, de acordo com o autarca.
“Obviamente que vai permitir darmos melhores condições a alguns empresários do nosso concelho e a outros empresários que se queiram instalar no nosso concelho. Alfândega ficará com uma capacidade que supera os 50 lotes”, resumiu.
Na zona industrial deste concelho do distrito de Bragança estão instaladas pequenas empresas, oficinas, empresas de transformação, agroindustriais e ligadas aos frutos secos.
Um dos propósitos do município é criar condições para investimentos complementares às atividades desta área, que permitam “uma ampliação e fortalecimento deste setor com empresas já instaladas e que precisam de aumentar a sua área”, nomeadamente na produção de amêndoa.
“E, claro, também diversificar um pouco a oferta com outras atividades no nosso concelho, atrair também novas indústrias. Há alguns pedidos, algumas vontades, alguns contactos feitos e é essa a nossa expectativa”, indicou.
O autarca recordou que “Alfândega da Fé é desde há muito tempo o concelho que tem uma das mais importantes indústrias neste setor, a empresa Amendouro, que captou também há uns anos uma empresa espanhola nesta área”.
Por se tratar de “um setor que tem sido reabilitado em termos de produção, tem havido uma grande reconversão das áreas no concelho e na região, as produções têm vindo a aumentar nos últimos anos e há efetivamente aqui uma necessidade de, não só aumentar a capacidade instalada destas empresas, mas também oferecer outros serviços complementares, como o descasque e a secagem da amêndoa”.
O município transmontano tem também apoios à instalação de empresas na zona industrial, designadamente a redução ou isenção de taxas municipais de licenciamento e a redução do preço de venda de lotes, que pode chegar aos 100% no caso de serem criados 20 ou mais postos de trabalho fixos.