É desejável alcançarmos um futuro sustentável e justo no domínio da água. Para tal, é necessário transformar a economia e reestruturar a sua governação, a nível nacional, regional e mundial.
A conferência das Nações Unidas sobre a Água, que decorreu em Nova Iorque em Março passado, foi a primeira do género em quase 50 anos, e teve como objetivo mobilizar a ação mundial para a resiliência e a segurança da água, considerada uma questão de importância essencial para a agenda do desenvolvimento sustentável.
O mundo enfrenta atualmente uma crise da água provocada pela procura excessiva, pela má gestão e pelos impactos da tripla crise das alterações climáticas, da perda de biodiversidade e da poluição. Esta crise é fundamentalmente de natureza global e sistémica. Pela primeira vez na história, a atividade e as práticas humanas colocaram o ciclo global da água, do qual depende toda a vida, numa trajetória insustentável.
A ciência tem mostrado como as comunidades e as nações estão hidrologicamente interligadas – não apenas através dos rios e das águas superficiais, mas também através dos fluxos de humidade atmosférica. As práticas numa determinada região têm impacto na precipitação noutras regiões.
A Água, um recurso natural vital, está a ser esgotado, poluído e mal gerido. Sabemos […]