O secretário-geral da ONU, António Guterres, diz que o calor que afeta diversos países do mundo “é apenas o começo”. Para os cientistas, o mês de julho deverá ser o mais quente de sempre.
As alterações climáticas estão a ser sentidas da pior maneira em diversos pontos do planeta. Este mês de julho deverá ser o mais quente alguma vez registado. Uma situação preocupante, que levou a um comentário do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nos últimos dias, destaca-se pela negativa a situação vivida em países como Grécia, Canadá, Itália ou Argélia, sendo que em Portugal já houve alguns incêndios de grande dimensão.
António Guterres entende que “a era do aquecimento global acabou, dando lugar à era da ebulição”.
“Para vastas parte da América do Norte, Ásia, África e Europa, é um verão cruel. Para o planeta inteiro é um desastre, e para os cientistas é inequívoco: a culpa é dos humanos”, diz o secretário-geral da ONU.
“Chega de desculpas, não há mais tempo”
António Guterres afirma que a onda de calor que afeta vários países “corresponde às previsões e aos repetidos avisos” e que “a única surpresa é a rapidez das alterações climáticas”.
“O ar está irrespirável, o calor é insuportável e o nível de lucros dos combustíveis fósseis e inação climática é inaceitável”.
Para o líder da ONU, “não há mais tempo” para os Estados hesitarem, num claro sinal (e pedido) de mudanças urgentes.
“Chega de hesitação. Chega de desculpas. Chega de esperar que os outros tomem a iniciativa”, atira.