A 7.ª edição da Feira da Dieta Mediterrânica arrancou em Tavira mais ecológica, com mais expositores e com uma conferência internacional de Turismo Gastronómico Sustentável que reúne parceiros de um projeto europeu, revelou a organização.
Artur Gregório, da organização, afirmou que a conferência é “diferenciadora na feira deste ano”, já que fará o balanço do que foi o MEDFEST, o programa europeu que envolveu oito países do Mediterrâneo e, ao longo de três anos, trabalhou para procurar criar rotas e destinos turísticos associados à dieta mediterrânica.
A perceção das populações na valorização dos seus recursos, das suas produções e da sua identidade é uma das mais-valias que Artur Gregório destacou no balanço destes anos de projeto e de realização da Feira da Dieta Mediterrânica.
“Cada vez mais estão a organizar-se em torno do que é a sua identidade cultural. As pessoas estão a perceber que são oportunidades de negócio, sentem orgulho no que sabem fazer, cozinhar e produzir”, adiantou o impulsionador do projeto europeu e coorganizador da feira.
Histórias de experiências bem-sucedidas de turismo gastronómico sustentável e um debate com estratégias para introduzir a temática nas agendas públicas e privadas são algumas das atividades a desenvolver no encontro dos oito parceiros, durante o dia de hoje na Pousada de Tavira.
A feira, instalada no centro histórico de Tavira, no distrito de Faro, é inaugurada ao final da tarde e, até domingo, é possível ver o mercado de produtores, mostras botânicas e de sementes, provas e degustações de azeite, de tomate e outros produtos, petiscos regionais, iniciativas de prevenção da saúde cardiológica e nutricional, e as habituais demonstrações gastronómicas com diversos ‘chefs’.
A 7.ª edição da feira trouxe um aumento na área útil, permitindo mais espaço para o público circular, e maior número de expositores, que este ano ultrapassam os 150.
“Conseguimos incluir muitos dos que nos contactam e ficavam de fora por falta de espaço”, revelou Artur Gregório.
Este ano as preocupações ambientais ditam o uso obrigatório do copo reutilizável, no que é “uma contagem decrescente para o fim do plástico na feira”, já que é a última edição em que será possível o uso de outros descartáveis de plástico, como pratos e talheres.
Para o público infantojuvenil está pensado um programa especial para o Largo do Brincar e espaços adjacentes, com oficinas de construção, jogos, exposições de brinquedos e espetáculos.
A gastronomia mediterrânica, parte integrante da dieta, pode ser apreciada em quatro restaurantes e duas tasquinhas da Praça da Convivialidade, no Parque do Palácio da Galeria.
Até dia 8 é também possível usufruir de visitas guiadas à coleção de fruteiras do Centro de Experimentação Agrário de Tavira da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, às salinas ou atividades de animação turística e promoção de estilos de vida saudável.
A música também marca presença, mas “sempre com cariz mediterrânico”, referiu o organizador.
Na Praça da República atuam Pedro Abrunhosa (hoje), Silvia Perez Cruz (de Espanha, na sexta-feira), a fadista Katia Guerreiro (no sábado) e no domingo, a encerrar, Sérgio Godinho, Camané e Manuela Azevedo.
O palco do Castelo recebe Monsieur Doumani (do Chipre, hoje), Asmaa Hamzaoui & Bnat Timbouktou (de Marrocos, na sexta-feira), Cüneyt Sepetçi & Orchestra Dolapdere (da Turquia, no sábado) e os italianos da Banda Adriatica (domingo).
Na Igreja da Misericórdia atuam Pedro Caldeira Cabral (sábado), ‘Segue-me à Capela’ (domingo) e, no Largo da Igreja da Misericórdia, o flamenco de ‘Anamarga’, também no sábado.
A feira abre às 18h hoje e na sexta-feira, e às 11h no sábado e domingo, encerrando sempre às 24h.
