Na frente externa, a região do Alentejo celebra um “ano excelente e recorde” com um crescimento de 17,5%. Para 2022 a previsão é também de crescimento dos vinhos alentejanos, mas a seca é ” uma grande preocupação”
Francisco Mateus, presidente da CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, gosta de ver o copo meio cheio e começar as conversas pelas boas notícias. Assim, no balanço do ano na região, começa por falar da frente externa, onde os vinhos do Alentejo celebram um crescimento de 17,5% em valor e de 11,6% em quantidade, para um registo recorde de 69,4 milhões de euros e 19,7 milhões de litros.
“Tivemos um ano excelente e recorde na exportação, com uma subida clara do preço médio por litro, agora nos 3,52 euros, o que é um excelente sinal de valorização do produto”, diz ao Expresso.
Celebra, ainda, o facto de a região ter dado a volta à quebra das vendas para Angola, que representava um terço das vendas, em 2014, e atualmente não passa dos 3%. Como? “Por força da posição conquistada noutros mercados” como o Brasil, onde as compras duplicaram para 14 milhões de euros em oito anos, Suíça, Polónia, Reino Unido ou até a Austrália, um país produtor que já entrou no Top 20 da região, responde.
Como em 2020 as vendas dos vinhos do Alentejo mantiveram o nível de 2019, o crescimento face ao período pré-pandémico é idêntico ao do último ano, refere antes de arriscar uma previsão “cheia de otimismo para 2022”: “Vamos continuar a crescer”, o que excluindo o Porto significa provavelmente consolidar o terceiro […]