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UE / Construir o nosso futuro comum : Panor�mica financeira e pol�tica da União alargada para 2007-2013
Bruxelas, 10 de Fev
A Comissão Europeia adoptou hoje uma comunica��o em que define a sua visão da União Europeia e a planifica��o or�amental para o período 2007-2013.
Com vista a colher integralmente os benef�cios do alargamento e a contribuir para a prosperidade da Europa, são propostas tr�s grandes prioridades: o desenvolvimento sustent�vel, os interesses dos cidad�os e o refor�o do papel da União como parceiro mundial. Estes objectivos podem ser realizados numa União de 27 Estados-Membros sem aumentar o limite máximo actual das despesas. Os montantes anuais totais em termos de pagamentos necess�rios poder�o elevar-se a 143 100 milhões de euros em 2013, o que mesmo na União alargada corresponde a apenas 1,15% do rendimento nacional bruto (RNB) da UE. Em média, os montantes elevar-se-�o a 1,14% do RNB ao longo do período considerado.
O presidente Romano Prodi afirmou: "Nos próximos anos, a União Europeia tem que melhorar o crescimento e a competitividade, oferecer mais e melhores empregos, proteger os direitos dos cidad�os e proporcionar uma melhor protec��o contra o crime e a imigra��o clandestina. A União deve Também lutar pela protec��o do ambiente e dispor de um papel mais forte no mundo. Ao mesmo tempo, temos que continuar a dar um apoio total � solidariedade interna, � coesão e � agricultura. O or�amento proposto para o próximo período pretende criar os meios para realizar estas ambi��es, ao mesmo tempo que se mant�m abaixo dos limites máximos actuais mesmo ap�s a chegada de 12 novos Estados-Membros. As solicita��es leg�timas apresentadas � União t�m que ser correspondidas mediante uma utiliza��o �ptima dos recursos colocados � sua disposi��o."
O futuro quadro financeiro tem que apoiar os objectivos pol�ticos da União. Tem que estar orientado para realizar prioridades concretas e cuidadosamente seleccionadas que beneficiem os Estados-membros e os cidad�os.
Do ponto de vista da Comissão, o fosso entre ambiciosos compromissos pol�ticos assumidos ao mais alto nível., por um lado, e a incapacidade de os executar, por outro lado, não deve aumentar ainda mais. Em muitas das novas áreas priorit�rias, a capacidade da União para cumprir as promessas dos Estados-Membros � entravada por recursos insuficientes. Os objectivos e expectativas pol�ticos fixados para a União devem ser correspondidos pelos meios adequados, incluindo recursos financeiros.
As prioridades pol�ticas propostas pela Comissão são as seguintes:
Desenvolvimento sustent�vel: crescimento, coesão e emprego
No Conselho Europeu de Lisboa em 2000, os Chefes de Estado e de Governo definiram um programa destinado a colocar a União na vanguarda da economia e da sociedade do conhecimento. H� que revigorar este processo dando-lhe metas cred�veis e operacionais, tanto a nível. nacional como da UE. H� que dar mais import�ncia aos investimentos de futuro como a promo��o da competitividade das empresas no mercado interno, a investiga��o e o desenvolvimento, a interliga��o da Europa através de redes, a melhoria da qualidade do ensino e da forma��o na UE, o apoio � sociedade para prever e gerir as mudan�as sociais. Estes são exemplos reais de questáes que preocupam os cidad�os e as empresas em toda a Europa. As pol�ticas comuns e o or�amento da UE devem estar claramente orientados para estas metas.
Os objectivos de crescimento e competitividade Também devem ser as principais prioridades da pr�xima gera��o das pol�ticas regionais e de coesão com especial import�ncia para a ajuda �s regi�es mais atrasadas. O crescimento e a coesão t�m que ser muito mais complementares do que o eram no passado. Em 1 de Maio de 2004, a União alargar-se-� a 10 novos Estados-Membros, criando um desafio sem precedentes para a competitividade e a coesão interna da União.
De futuro, a pol�tica de coesão tem que abordar sistematicamente o problema da falta de competitividade para que um maior n�mero de regi�es da União possa contribuir para o crescimento e o emprego. As regi�es t�m que se tornar parceiros para a prosperidade. Prop�em-se medidas transit�rias para os actuais Estados-Membros, nomeadamente para as regi�es que continuam a deparar-se com graves dificuldades mas que j� não são eleg�veis para as ajudas de maior intensidade por causa do efeito estatéstico.
As propostas da Comissão Também confirmam as decis�es do Conselho, em 2003, no sentido de, até 2013, reformar a Pol�tica Agr�cola Comum e de definir as despesas agr�colas relativas �s medidas de mercado e aos pagamentos directos. A reforma irá radicalmente reorientar a pol�tica agr�cola da UE em direc��o ao desenvolvimento sustent�vel através da eliminação do v�nculo entre apoio e produ��o. A futura pol�tica de desenvolvimento rural, reorganizada num único instrumento, ajudar� a aumentar a competitividade da agricultura, a melhorar o ambiente e a diversidade do espaço rural. Ser�o concedidos financiamentos adicionais, transferindo para os agricultores montantes provenientes dos pagamentos directos para refor�ar os programas de desenvolvimento rural.
A nova pol�tica comum das pescas reformada continuar� a centrar-se na explora��o sustent�vel dos recursos. A pol�tica do ambiente existe para satisfazer as expectativas dos cidad�os em matéria de uma melhoria das condi��es de vida e de solidariedade entre gera��es, bem como os compromissos internacionais e a promo��o da efici�ncia e da competitividade. Os respectivos instrumentos Também seráo reorganizados para aumentar a flexibilidade e a efic�cia.
Cidadania incluindo liberdade, segurança e justi�a
A liberdade, segurança e justi�a constituem componentes essenciais do modelo europeu de sociedade. No Conselho Europeu de 1999, em Tampere, os Chefes de Estado e de Governo definiram um roteiro pormenorizado para o estabelecimento de um espaço de liberdade, segurança e justi�a.
Desde Tampere, a maior parte das pol�ticas neste dom�nio foram transferidas para a compet�ncia comunitária. Hoje em dia, todos reconhecem que os desafios colocados pela imigra��o, asilo e luta contra o crime e terrorismo j� não podem ser adequadamente solucionados por medidas tomadas apenas a nível. nacional. O mesmo � verdade para a protec��o das catéstrofes naturais, a Saúde e as crises ambientais, o acesso aos serviços públicos, os aspectos relacionados com o consumidor e a Saúde.
O quadro definido para o di�logo e os interc�mbios entre cidad�os envolve um apoio � coopera��o cultural europeia destinada a ajudar a ultrapassar os obst�culos aos interc�mbios transfronteiri�os.
Melhores instrumentos e um financiamento adequado contribuirão para concretizar estes objectivos.
A UE no mundo
A União alargada tem que desempenhar um papel mais importante, tanto a t�tulo de l�der regional como de parceiro mundial. Para realizar estas expectativas h� que transformar a UE num interveniente politicamente respons�vel que seja capaz de impor o seu peso.
Como l�der regional, a UE assumirá uma importante responsabilidade não s� para ela pr�pria mas Também para a estabilidade dos países vizinhos. A liberaliza��o do com�rcio e dos investimentos, a promo��o da converg�ncia das regulamenta��es, a extensão aos países vizinhos das redes de transportes, energia e comunica��es Também seráo ben�ficas para todos na União. Criar um c�rculo de amigos significa investir nessa amizade.
A União Também dever� desempenhar plenamente o seu papel na governan�a pol�tica mundial e na segurança estratégica. Este aspecto refere-se � protec��o contra as amea�as (terrorismo, prolifera��o de armas de destrui��o maci�a, Estados em degeneresc�ncia, conflitos internos e regionais), bem como a garantia da segurança civil e a protec��o dos cidad�os contra os riscos (catéstrofes naturais, crises da Saúde e ambientais, crime organizado).
Necessidades financeiras (ver quadro)
Tendo em conta o desafio acima descrito para construir um projecto pol�tico cred�vel, h� que dispor dos recursos necess�rios para a respectiva execu��o. A Comissão calculou um nível. de despesas médias de 1,14% ao longo do período. Ser� realizada uma mudan�a significativa no equil�brio do or�amento da UE para apoiar as novas prioridades. Os n�veis de despesa aumentar�o inicialmente devido ao efeito do alargamento, mas no final do período estar�o próximos do nível. inicial. Os pagamentos situar-se-�o abaixo do limite máximo actual de 1,24% do RNB.
As despesas administrativas da Comissão estar�o ligadas �s pol�ticas a que se referem, na sequ�ncia da l�gica de uma gestáo com base em actividades que j� constitui a base do or�amento anual. Permanecer� uma rubrica residual Administração a fim de incluir as despesas institucionais para as instituições que não a Comissão, as pens�es e algumas despesas interinstitucionais.
Tratamento justo de todos os Estados-Membros
A Comissão prop�e que se pense para o futuro num mecanismo de correc��o generalizado, que estabele�a um m�todo transparente e objectivo de correc��o de um peso or�amental considerado excessivo em rela��o com a prosperidade relativa do país.
Quanto ao lado das receitas do or�amento e a novas poss�veis fontes de receitas, a Comissão estudar� a questáo com mais profundidade no contexto do relatério "recursos pr�prios", que será apresentado ao Conselho no Ver�o de 2004.
O roteiro
A Comissão preparar� em meados de 2004 as propostas legislativas adequadas e um roteiro concreto para atingir estes objectivos, o que deixar� entretanto tempo ao Conselho e ao Parlamento Europeu para reagir ao projecto de hoje. As decis�es legislativas seráo depois tomadas pela Comissão alargada.
A fim de dar tempo suficiente para a prepara��o da nova gera��o de programas que executar�o as diferentes pol�ticas, as Perspectivas Financeiras dever�o ser adoptadas durante o primeiro semestre de 2005.
PANOR�MICA DO NOVO QUADRO FINANCEIRO 2007-2013
Milh�es de euros a pre�os de 2004
DOTA��ES DE AUTORIZA��O
|
2006 (a) |
2007
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011 |
2012 |
2013 |
1. Crescimento sustent�vel |
47.582 |
59.675 |
62.795 |
65.800 |
68.235 |
70.660 |
73.715 |
76.785 |
1a. Competitividade para o crescimento e emprego |
8.791 |
12.105 |
14.390 |
16.680 |
18.965 |
21.250 |
23.540 |
25.825 |
1b. Coesão para o crescimento e emprego (b) |
38.791 |
47.570 |
48.405 |
49.120 |
49.270 |
49.410 |
50.175 |
50.960 |
2. Preserva��o e gestáo dos recursos naturais |
56.015 |
57.180 |
57.900 |
58.115 |
57.980 |
57.850 |
57.825 |
57.805 |
dos quais: Agricultura despesas de mercado e pagamentos directos |
43.735 |
43.500 |
43.673 |
43.354 |
43.034 |
42.714 |
42.506 |
42.293 |
3. Cidadania, liberdade, segurança e justi�a |
1.381 |
1.630 |
2.015 |
2.330 |
2.645 |
2.970 |
3.295 |
3.620 |
4. A UE como parceiro mundial (c) |
11.232 |
11.400 |
12.175 |
12.945 |
13.720 |
14.495 |
15.115 |
15.740 |
5. Administração (d) |
3.436 |
3.675 |
3.815 |
3.950 |
4.090 |
4.225 |
4.365 |
4.500 |
Compensa��es |
1.041 |
|
|
|
|
|
|
|
Total das dota��es de autoriza��o |
120.688 |
133.560 |
138.700 |
143.140 |
146.670 |
150.200 |
154.315 |
158.450 |
Total das dota��es de pagamento (b)(c) |
114.740 |
124.600 |
136.500 |
127.700 |
126.000 |
132.400 |
138.400 |
143.100 |
Dota��es de pagamento em percentagem do RNB |
1,09% |
1,15% |
1,23% |
1,12% |
1,08% |
1,11% |
1,14% |
1,15% |
Margem disponível. |
0,15% |
0,09% |
0,01% |
0,12% |
0,16% |
0,13% |
0,10% |
0,09% |
Limite máximo dos recursos pr�prios em percentagem do RNB |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
1,24% |
(a) As despesas de 2006 ao abrigo das actuais Perspectivas Financeiras foram repartidas de acordo com a nova nomenclatura proposta para refer�ncia e para facilitar as compara��es
(b) Inclui despesas do Fundo de Solidariedade (1 000 milhões de euros em 2004 a pre�os correntes) a partir de 2006. No entanto, os pagamentos correspondentes apenas são calculados a partir de 2007
(c) Considera-se que a integra��o do FED no or�amento da UE terá efeitos a partir de 2008. As autoriza��es para 2006 e 2007 são inclu�das apenas para efeitos de compara��o. Os pagamentos relativos � autoriza��es anteriores a 2008 não são tomados em considera��o nos dados relativos aos pagamentos.
(d) Inclui as despesas administrativas para as instituições que não a Comissão, pens�es e Escolas Europeias. As despesas administrativas da Comissão são integradas nas primeiras quatro rubricas de despesas.
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Fonte: CE |
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