A empresa de tratamento de resíduos sólidos Tratolixo, que opera nas zonas de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, vai inaugurar na quinta-feira uma nova central de compostagem, com capacidade para “tratar 50 mil toneladas de resíduos verdes” por ano.
A informação foi hoje revelada pela empresa à agência Lusa.
Numa resposta por escrito a questões da Lusa, o presidente do conselho de administração da Tratolixo, João Teixeira, disse que o tratamento dessas 50 mil toneladas de resíduos verdes vai resultar na “produção de 10.000 a 15.000 toneladas anuais de composto”.
“Esta infraestrutura terá uma capacidade anual para tratar 50 mil toneladas de resíduos verdes, permitindo, em primeiro lugar, o tratamento da totalidade dos resíduos verdes produzidos e recolhidos na área de intervenção da Tratolixo e a produção de composto orgânico de elevada qualidade”, lê-se na resposta.
A nova central de compostagem resulta de um investimento de 5,2 milhões de euros, co-financiados em 85% a fundo perdido pelo PO SEUR, e será inaugurada na quinta-feira.
O presidente do conselho de administração da Tratolixo refere que a central terá benefícios ambientais, que contribuem “para as exigentes metas relativas à preparação para reutilização e reciclagem (PPRR)”, também “contribui fortemente para o desvio de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro” e ainda para a “redução de emissões de gases com efeito de estufa”.
João Teixeira lembra que, “a partir de 01 de janeiro de 2027, os Estados-Membros só podem contabilizar como reciclados os biorresíduos urbanos que entram no tratamento aeróbio ou anaeróbio”, pelo que “a compostagem de resíduos verdes constitui uma das medidas de primordial interesse”.
O responsável acrescenta que “o composto resultante desta compostagem é um produto 100% natural, de qualidade superior” e será idealmente utilizado “como fertilizante orgânico, podendo ser utilizado como fator de produção na agricultura e até em agricultura biológica”.
Para o funcionamento da central de compostagem, os resíduos são triturados e conduzidos para a central, “onde serão formadas pilhas de compostagem com 120 metros de comprimento”.
O processo ocorre mais rapidamente “quando são estabelecidas e mantidas as condições benéficas ao bom desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela degradação da matéria orgânica”, explica João Teixeira.
Esta central de compostagem é a primeira para resíduos verdes daquela empresa.