Cada vez mais, os nossos jovens fogem do Baixo Alentejo, não porque querem, mas porque a vida assim o exige, não temos muitos postos de trabalho para mão-de-obra qualificada porque a indústria não se estabelece no distrito de Beja por falta de acessibilidades.
No dia 25 de Abril terminou a 38.ª edição da Ovibeja, “…uma feira agrícola. Da produção. Mas também da transformação, dos serviços, uma mostra institucional, um centro de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actualidade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A Ovibeja é uma feira diferente. Sem preconceitos. De todas as idades. Da diversidade do campo. Das diferentes expressões da cidade. Ergue-se com respeito à mais pura ruralidade, mas constrói-se de modernidade, numa paleta de todas as cores. A Ovibeja é a construção do sonho. ‘Todo o Alentejo deste Mundo!’”
Esta edição da Ovibeja atraiu milhares de pessoas, com concertos marcantes e com a liberdade de não haver a obrigatoriedade do uso de máscaras. Muitas foram as visitas dos líderes dos diversos partidos, desde o PCP ao Chega, e a maioria fez-se representar. Porém, António Costa não se deslocou até à feira e, no meu ponto de vista, demonstra um descaso pelo Baixo Alentejo, não só por não ter ido à Ovibeja, mas por todos os acontecimentos.
O Baixo Alentejo é o parente pobre do país, temos uma capital de distrito sem acessibilidades, não sabemos o que é ter uma auto-estrada até Beja, nem o que é ter uma linha electrificada de comboios, mas temos um aeroporto. Porém, praticamente não funciona e também ninguém está verdadeiramente importado com o facto de ele funcionar ou não, até já se pensa noutros locais para se construir mais um […]