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– 01-03-2005 |
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Seca : Bruxelas disposta a ajudar a amenizar efeitos com medidas realistasBruxelas, 28 Fev "Estamos muito conscientes do problema que h� em Portugal e faremos tudo o que esteja nas nossas m�os para ajudar a amenizar os seus efeitos", afirmou no final de um encontro com representantes da Federa��o das Associa��es de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), que se deslocaram a Bruxelas para solicitar apoio para fazer face � situa��o. Apesar da disponibilidade, o director-geral usou um tom de prud�ncia, alertando para o facto da legisla��o comunitária "não permitir" todo o tipo de medidas, precisando ainda de estudar de forma "profunda e detalhada" as sugestáes apresentadas, "umas mais realistas do que outras". Para serem analisadas pelos serviços comunitários, estas t�m, no entanto, de ser apresentadas oficialmente pelo futuro governo portugu�s. "Sa�mos satisfeitos porque houve uma abertura para o problema e as nossas propostas v�o ser estudadas", disse � agência Lusa o porta-voz da FAABA, Sebasti�o Rodrigues, acrescentando que o Partido Socialista (PS) j� se demonstrou sens�vel para a questáo. Para o demonstrar, os agricultores convidaram uma delega��o de eurodeputados socialistas – Capoulas Santos, Jamila Madeira e Paulo Casaca – para os acompanhar, de quem obtiveram algumas garantias de que "este governo vai olhar de outra forma para o problema". Segundo Sebasti�o Rodrigues, os preju�zos da seca estáo estimados em mais de 100 milhões de euros, sendo que as medidas j� tomadas pelo governo portugu�s são "insuficientes". Em Bruxelas, os agricultores entregaram um extenso "dossier" a Jos� Manuel Rodriguez, com o diagn�stico da situa��o e as medidas que consideram necess�rias para combater a "seca extrema em Portugal". Segundo o documento, os efeitos nefastos fazem-se sentir com especial incid�ncia no sector agro-pecu�rio, com o agravamento das condi��es de pastoreio, que obriga ao recurso a ra��es industriais. "O tecido empresarial, agr�cola e não agr�cola, está em franca crise, o bem-estar animal está cada vez mais em causa e o estado sanit�rio dos montados de sobro e de azinho � cada vez mais preocupante", l�-se no "dossier" entregue a Bruxelas. Entre as propostas apresentadas, os agricultores sugerem uma ajuda para a alimenta��o dos animais, uma linha de cr�dito bonificado de longo prazo �s explora��es agr�colas, o apoio na melhoria do abastecimento de �gua �s explora��es e um adiantamento de 80 por cento do prémio �s vacas aleitantes e aos bovinos machos. Ao mesmo tempo, sugerem uma derroga��o que possibilite a manuten��o dos direitos a prémio de ovinos e caprinos e de vacas aleitantes em situa��es de redu��o dos efectivos motivadas pela seca. Ao nível. das culturas, os agricultores querem um acompanhamento da evolu��o do estado vegetativo das culturas, com vista a um eventual recurso ao Fundo de Calamidades e uma linha de cr�dito bonificado para fazer face �s situa��es de perda de produ��o. Outras propostas foram apresentadas para o olival, incluindo o cumprimento dos contratos de plantação dos olivais além do final deste ano, e para as florestas, de forma a garantir o financiamento de novas opera��es de plantação. Também no que respeita � l�ngua azul, os agricultores querem o suporte integral pelo Estado dos custos de combate � doen�a e a vacinação da totalidade do efectivo ovino nacional. Segundo os dados entregues, a percentagem de �gua no solo � inferior a 40 por cento em grande parte do Alentejo e a precipita��o em regi�es como Beja � 55 por cento do valor normal para a �poca. Tal provoca "grandes dificuldades" em garantir a alimenta��o e �gua para os animais e uma escassez e consequente aumento do pre�o dos alimentos grosseiros, nomeadamente da palha. O cen�rio negro tra�ado a Bruxelas mostra a aus�ncia de recursos forrageiros, a morte de algumas culturas e encurtamento de outras, incluindo dos olivais, pomares e vinhas, restrições ou mesmo impossibilidade de utiliza��o de �gua para rega na regi�o sul. Ao mesmo tempo, dizem os agricultores, registou-se um agravamento do estado sanit�rio dos povoamentos de azinheira e sobreiro e a impossibilidade da extrac��o de corti�a. A desloca��o a Bruxelas dos representantes da federa��o incluiu ainda um encontro com o presidente da comissão parlamentar da Agricultura do Parlamento Europeu (PE), Joseph Daul.
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