O requalificado Mercado Municipal de Leiria foi inaugurado hoje com capacidade para 18 lojas , 30 bancas e 70 produtores locais, num investimento de 4,6 milhões de euros e pretende ser uma marca da valorização dos produtos locais.
“É uma obra de 4,6 milhões euros, no coração da cidade. É a reabilitação de um edifício que estava completamente obsoleto do ponto de vista de funcionamento e que era extremamente grande. Conseguimos encurtá-lo e modernizá-lo e hoje temos uma superfície comercial que vai permitir aumentar a atividade económica no centro da cidade”, adiantou o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS).
O autarca considerou que esta é uma “nova âncora muito importante para atrair outros investimentos” e uma “oportunidade que é dada aos produtores locais, que apostam numa agricultura mais de qualidade do que quantidade, uma vez estamos numa zona de minifúndio”.
“Por outro lado, também permite atrair mais pessoas, sobretudo a população mais jovem a um espaço que antigamente era visto só como um espaço de venda mais tradicional e para pessoas mais idosas”, sublinhou o presidente.
Reconhecendo que esta foi uma “obra complexa”, cujo prazo de abertura foi sendo adiado várias vezes, o autarca considerou que a “recompensa” surge agora, “com um novo espaço que vai ser uma âncora de desenvolvimento e um polo extremamente importante para a valorização dos nossos produtos”.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, destacou que o espaço envolve “mais de 1000 postos de trabalho diretos e indiretos, onde, entre produtores locais que vão vender o seu excedente, produtores mais ligados à produção para o mercado e outros que, como os talhos e as queijarias, trazem produtos transformados, são essenciais para se promover consumos que são sustentáveis”.
A governante defendeu que se estimule a produção local, de modo a “incentivar aquilo que são os comércios curtos, o comércio de proximidade”.
“O consumo de produtos de época são essenciais para podermos melhorar a nossa saúde e o nosso bem-estar, mas ao mesmo tempo para desenvolvermos a economia local e regional e, com isso, a economia nacional, porque vamos ter necessidade de importar menos coisas”, acrescentou.
O edifício do Mercado Municipal de Leiria acolhe ainda, no primeiro piso uma área para ‘startups’, um “casamento” entre o “tradicional” e a “modernidade, inovação, tecnologia, irreverência e juventude”, referiu Gonçalo Lopes.
Durante a visita que o presidente e a ministra realizaram ao renovado mercado, alguns produtores teceram críticas, sobretudo ao espaço mais curto da banca. Gonçalo Lopes afirmou que hoje é “um dia especial”.
“Foi feito um investimento para que estas pequenas economias, muitas delas de caráter familiar, possam ter mais sucesso e que, a partir daqui, apareçam jovens agricultores, como o caso aqui da ‘physalis’, novas oportunidades e que haja depois uma oferta diferenciada neste mercado”, disse.