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– 05-09-2002 |
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Queijo portugu�s tem defesa assegurada no congresso mundial do sector leiteiroPorto, 04 Set "Sou uma ac�rrima defensora dos queijos com denomina��o de origem [protegida] (DOP) porque são uma matéria que j� ultrapassou o ambito rural e integram o patrim�nio cultural portugu�s", defendeu Ana Soeiro, chefe da divisão de produtos de qualidade da direc��o-geral de Desenvolvimento Rural, em declarações � Agência Lusa. No dia 27 de Setembro, Ana Soeiro irá presidir a um simp�sio sobre as DOP inclu�do no programa do Congrilait 2002, cabendo-lhe apresentar as conclus�es do painel, que reunirá intervenientes da Sui�a, It�lia, Reino Unido, Fran�a, China, Austr�lia e Estados Unidos. No Congrilait 2002, que inclui sete confer�ncias e seis simp�sios com 229 intervenientes de todos os continentes, são esperados mais de dois mil peritos cient�ficos e profissionais oriundos de cerca de 80 países. O evento visa, segundo a organiza��o, "fazer o ponto da situa��o sobre o que está em jogo econ�mica e politicamente a nível. da produ��o e da transforma��o leiteira" e "propor uma leitura inovadora" do sector com enfoque nas questáes da distribui��o, consumo, Saúde e comunica��o. Segundo salientou Ana Soeiro, existe em Portugal "uma grande tradi��o da arte de queijar" e, depois de um período em que o gosto pelo tradicional "andou um bocadinho perdido", desde 1992 que "o consumidor tem vindo, pouco a pouco, a redescobrir este patrim�nio". "Temos em Portugal produtos com uma qualidade fora de s�rie", defende, apontando, a nível. dos queijos, as 14 denomina��es de origem protegida registadas: Serra da Estrela, Serpa, são Jorge, Queijos da Beira Baixa (Castelo Branco, Amarelo da Beira Baixa e Picante da Beira Baixa), Raba�al, Azeit�o, Nisa, �vora, Mesti�o da Tulosa, Pico, Terrincho e Cabra Transmontano. Todos estes queijos, frisou, são produzidos em quantidades limitadas, com leites de animais de ra�as autoctones, coagulados com produtos naturais e sem quaisquer aditivos, conservantes ou qu�micos, e posteriormente curados naturalmente. Fruto do cada vez maior interesse na recupera��o dos produtos tradicionais, Ana Soeiro diz estarem em avalia��o "mais de cem" pedidos de denomina��o de origem, todos na área alimentar, com excep��o da corti�a. "O mercado está de tal forma competitivo que se vamos pela quantidade não temos hip�tese", considerou, salientando que a aposta tem, necessariamente, que ser na qualidade. De acordo com a respons�vel, Portugal tem ali�s tido, até hoje, uma "certa din�mica na apresentação de DOP", surgindo no terceiro, quarto, lugar da Europa em termos de maior n�mero de nomes protegidos apresentados. Contudo, acrescentou, "a nível. nacional h� ainda muito a trabalhar nesta área", quer no sentido de uma melhor organiza��o dos produtores, "que ainda são muito avessos a articularem-se para uma apresentação conjunta dos seus produtos", quer de uma melhor apresentação comercial e simplifica��o legal. "Em Portugal ainda h� muito a ideia que os produtos tradicionais t�m que ser apresentados sujos e em cima de caixotes manhosos, quando isso não � de todo verdade", afirmou. Por outro lado, imp�e-se Também "um maior cuidado ao nível. dos aspectos legais". Isto porque, explicou, "h� determinadas autoridades em Portugal que t�m tido um comportamento encarni�ado contra os produtos tradicionais, que parecem ser um cavalo a abater, exigindo-lhes coisas que não se exigem em parte nenhuma da Europa". "S� queria que se fizessem tantas inspec��es aos frangos que se vendem � porta dos estádios de futebol como as que são feitas aos produtos tradicionais portugueses", exclamou, sustentando que estes são "uma lufada de ar fresco", tendo permitido a criação de postos de trabalho "em zonas do interior que, de outra maneira, estariam desertas". Na edição deste ano do Congrilait, estar� Também em debate o caso da empresa neo-zelandesa Fonterra, considerada um "exemplo na nova gera��o de empresas da ind�stria leiteira". Criada em 2001 na sequ�ncia da fusão entre uma grande empresa privatizada neo-zelandesa e um agrupamento de cooperativas leiteiras, a Fonterra � hoje, segundo a organiza��o do congresso, "a maior empresa" do país. Detida a 100 por cento por 13 mil criadores de gado leiteiro, a cooperativa prop�e-se "mudar as regras de jogo do sector" e assumir-se como "uma das maiores for�as de oposi��o �s pol�ticas europeias e americanas de subsídios � produ��o e exportação e de protec��o dos mercados internos", que considera serem, "em grande parte, respons�veis pela baixa das cota��es mundiais desde o fim de 2001". Em cima da mesa no Congrilait 2002 estar� ainda o tema da Inovação na apresentação do produto, considerada um dos actuais grandes desafios � ind�stria leiteira. � que, frisa a organiza��o do congresso, "se o h�bito não faz o monge, uma embalagem inovadora faz, muitas vezes, a diferen�a nas decis�es de compra". Neste ambito, t�m vindo a surgir no mercado garrafas com palhinha integrada e embalagens pl�sticas que v�o ao forno, estando ainda na forja solu��es inovadoras como embalagens que, depois de abertas, arrefecem instantaneamente o conte�do. Do ponto de vista pr�tico, o novo estilo de vida coloca Também outras exig�ncias, como refei��es individualizadas, aptas a serem preparadas e consumidas rapidamente e, até, em movimento. Para o efeito, imp�em-se embalagens com uma ergonomia cuidada, f�ceis de transportar e com uma protec��o sanit�ria do conte�do melhorada.
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