Nas culturas anuais o investimento é quase exclusivamente português mas nas culturas permanentes os investidores estrangeiros continuam a ter um peso muito significativo.
O ano de 2020 foi, em termos produtivos, inferior ao de 2019 nas duas maiores culturas de Alqueva – olival e amendoal. No seu conjunto, preencheram 83.587 hectares, cerca de 70% da área inscrita para rega que superou os 102 mil hectares, destaca o Anuário Agrícola de Alqueva (AAA) de 2020 que a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) acaba de publicar.
A Associação de Olivicultores do Sul (Olivum), através da informação inserida no anuário agrícola, admite que as perspectivas de produção em Portugal na campanha olivícola de 2020/2021 apontam para 100 mil toneladas de azeite, um decréscimo de 40 mil toneladas em relação à campanha anterior. A quebra é considerada “normal”, sublinha a Olivum, explicando que a cultura “obedece a uma lógica de safra e contra-safra”. Ou seja, após uma campanha de elevada produção de azeitona e azeite, como foi a de 2019/2020, “é normal” que na campanha seguinte, no caso a actual, haja menos produção.
Os produtores de amêndoa em Alqueva também foram confrontados com um decréscimo de produtividade na “maioria dos pomares” refere o AAA, sublinhando que a redução se deve a um “conjunto de factores”, destacando as “elevadas produtividades de 2019” que vieram reduzir as reservas energéticas para a produção de frutos na Primavera de 2020.
O testemunho da organização “Rota Única Amêndoas”, descrito no AAA, destaca como o tempo húmido promoveu o desenvolvimento de doenças nos frutos que