O Brasil vai aumentar a sua produção de café em 6,7% este ano em relação a 2021, atingindo um volume de 50,92 milhões de sacos de 60 quilos do grão, de acordo com previsões governamentais hoje divulgadas.
A colheita prevista para 2022 diminuirá, no entanto, em 19,3% (ou 12,1 milhões de toneladas) em relação a 2020, o que também foi considerado um ciclo favorável, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento.
A produção deste ano aumentou tanto em arábica como em robusta, as duas espécies plantadas no país.
Do primeiro, prevê-se a colheita de 32,7 milhões de sacos, mais 4,1% do que a colheita anterior, e do segundo, 18,1 milhões de sacos, um aumento de 11,7%.
A área destinada à cultura do café em 2022 é estimada em 2,2 milhões de hectares no Brasil, dos quais 1,8 milhões eram culturas em produção, com um crescimento de 1,8 % em comparação com 2021.
“Identificámos um aumento na produtividade média nacional do café, que será de 27,7 sacos por hectare, mais 4,8% em relação à colheita anterior”, disse o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro, numa declaração.
Por outro lado, o Brasil exportou cerca de 36,4 milhões de sacos de 60 quilos de café entre janeiro e novembro de 2022, menos 5,3% do que no mesmo período em 2021, de acordo com dados do Ministério da Economia.
Isto deveu-se à queda da produção em 2021, que por sua vez limitou o potencial da colheita de 2022, e “o enfraquecimento do dólar em relação ao real no período”.
Apesar do volume inferior, o aumento do preço internacional do café viu o Brasil exportar quase 8,4 mil milhões de euros até novembro passado, mais 52% em comparação com os mesmos meses em 2021.