Os Prémios Vida Rural 2019 foram atribuídos durante o AgroIN, evento na área de agronegócios organizado anualmente pela IFE by Abilways e pela revista VIDA RURAL, que decorreu no dia 10 de abril na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
1. Prémio “Personalidade”: António Alberto Gonçalves Ferreira
O Prémio “Personalidade Armando Sevinate Pinto” foi atribuído a António Alberto Gonçalves Ferreira, um dos grandes dinamizadores da revolução florestal que aconteceu na floresta portuguesa e que acredita que é preciso colocar «a árvore certa, no sítio certo». O prémio reconhece uma vida de trabalho em prol do desenvolvimento do setor, da produção à investigação e organização, com foco na maximização de produções e rendimentos.
2. Prémio “Agricultor que marca”: Francisco Almeida Garrett
O Prémio “Agricultor que marca” foi atribuído a Francisco Almeida Garrett, que há 16 anos foi pioneiro na técnica inovadora de regar sobreiros, que replicou dos ensinamentos sobre o olival intensivo. Produtor de vinho e azeite, mas com uma área florestal com perto de 1000 hectares de montado, Francisco Almeida Garrett aposta na gestão integrada da sua floresta com a atividade cinegética certificada, e na sustentabilidade. Todas as herdades são certificadas pelo PECF e FSC e incluídas no Wildlife Estates, um reconhecimento pelo trabalho em termos e conservação da biodiversidade. As boas práticas são evidentes na forma de maneio: «Não faço mobilizações há 30 anos», refere.
3. Prémio “Empresa Agrícola que marca”: Quinta da Lagoalva de Cima
O Prémio “Empresa Agrícola que marca” foi atribuído à Quinta da Lagoalva de Cima, uma empresa agrícola onde a inovação é a palavra de ordem. Pioneira na introdução de pivots de rega em Portugal e na utilização de sondas, a Lagoalva de Cima foi também precursora da mobilização mínima há cerca de duas décadas, numa época em que a lavoura tradicional imperava nas grandes propriedades agrícolas portuguesas. Adepta da diversidade cultural, esta quinta promove a rotação de culturas e a experimentação de novas, caso da colza, atualmente em fase experimental.
4. Prémio “Investimento que marca”: Veracruz
O Prémio “Investimento de marca” foi atribuído à empresa luso brasileira Veracruz, por um projeto de 2.000 hectares de amendoal intensivo e super-intensivo no interior do país com planos para chegar aos 5.000. O Fundão e a Idanha foram os locais escolhidos pela empresa para o arranque de um investimento que inclui uma unidade de descasque e processamento de amêndoa. O projeto foi criado por dois sócios, o brasileiro David Carvalho (com origens portuguesas) e o português Filipe Rosa, que estão nesta fase a alargar a compra de terra na região da Beira, aproveitando as boas condições edafo-climáticas para a produção e disponibilidade de água. A produção deve destinar-se à exportação.
5. Prémio “Organização de Produtores que marca”: Portugal Fresh
O Prémio “Organização de Produtores que marca” foi atribuído à Portugal Fresh, Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, que nasceu há menos de uma década, mas tem um trabalho notório na promoção do setor hortofrutícola nacional. Nascida da necessidade de evidenciar o potencial dos produtos portugueses, esta associação apostou numa nova abordagem promocional que permitiu levar a qualidade e unicidade dos produtos nacionais mais longe, unindo produtores em torno de um objetivo comum: abrir mercado. Razões que validam a distinção recebida hoje de ‘Organização de Produtores que marca’.
6. Prémio “I&D que marca”: MechSmart Forages
O Prémio “I&D que marca” foi atribuído ao projeto MechSmart Forages, cujo propósito é a mecanização da produção de forragens sob o trinómio Agronomia – Ambiente – Energia. Este trabalho envolveu um vasto grupo de empresas e instituições na procura da melhor forma de produzir forragens para suporte dos sistemas extensivos de produção animal, com base em novas propostas de base tecnológica assentes na monitorização do solo, das culturas e do uso racional de fatores de produção.